Cacique Raoni desanca com o presidente, detona sua política ambiental, posa de vítima, atrapalha acordos internacionais e pede ao mundo o impeachment de Bolsonaro.
Nem sei o que me espera depois desse texto, mas tenho uma preguiça dessa “causa indígena” que vocês nem imaginam. Reconheço seus direitos, seus valores, sua cultura e sua importância histórica como povo. São muito bem protegidos pela constituição brasileira e supervalorizados pela FUNAI. Respeitar, cuidar, preservar e tratar bem é obrigação e ponto final. Precisa mais?
A vida inteira aprendemos que os índios são uns coitadinhos, que já moravam aqui no dia que Cabral chegou, que foram iludidos por espelhinhos em troca de riqueza, expulsos de seu habitat, maltratados, escravizados e otras cocitas más que nos deixavam arrasados nas salas de aula de nossa juventude. Se erramos, isso foi há mais de 500 anos e já corrigimos esse erro com juros e correção monetária, muito embora manter o status de “coitadinhos” lhes seja muito conveniente.
Porém, há mais coisas entre o índio e o pensamento de esquerda do que pode imaginar nossa vã filosofia. Vamos lá. Vamos tentar entender esse non sense que gira em torno desses nossos patrícios. Começo dizendo que essa história de remorso que a canhota brasileira tenta incutir na cabeça do povo não cola mais. Claríssima artimanha pra posarem de bonzinhos junto aos índios e tirarem grande proveito disso. Pouco mais de 240 povos indígenas existem no Brasil, com uma população estimada em torno de 950 mil índios sendo que 1/3 deles vive em cidades e, os outros, em áreas rurais. Correspondem a 0,47% da população do país. Até aqui tudo bem.
A coisa começa a ficar estranha com a quantidade de terra destinada pra esses caras. Pasmem, meus amigos. Duas regiões Sul, isso mesmo, dois Paranás, duas Santa Catarina e dois Rio Grande do Sul, onde vivem mais de trinta milhões de brasileiros, são destinados a 950 mil índios. Resumindo, 13,8% das terras do país ou 1.173.274 quilômetros quadrados são reservados aos povos indígenas. São duas Franças ou duas Espanhas ou três Alemanhas. Pode uma coisa dessa? É muita terra pra pouco índio, gente! Algo surreal!
A coisa começa a clarear nossos corações e mentes quando sabemos que 98,25% dessas terras indígenas estão na Amazônia Legal ocupando 23% do território amazônico. Passamos a entender a quantidade de ONGs, a venda de terras brasileiras para organismos internacionais, a ingerência da Noruega, os desatinos de Macron, a paranoia das queimadas e o trânsito livre de Raoni além-fronteiras. Aliás, quem banca esse cacique de 89 anos que vive fora do país, preside uma ONG em Paris e advoga a independência da reserva florestal de Xingu para se tornar um novo país sob as bênçãos da França? Nas entrelinhas do interesse sem precedentes dos governos petistas na causa indígena, incluindo uma nova remarcação de terras, lê-se que a esquerda vendeu literalmente a Amazônia. O problema é que Bolsonaro decidiu não entregar.
O presidente prende-se à premissa legal que, “Terras Indígenas”, segundo a legislação brasileira, “são aquelas tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas do Brasil, habitadas em caráter permanente, utilizadas para as suas atividades produtivas e imprescindíveis à preservação dos recursos naturais necessários para o seu bem-estar e sua reprodução física e cultural, de acordo com seu uso, costumes e tradições. As terras indígenas são bens da União, inalienáveis e indisponíveis, cabendo ao Estado brasileiro o total direito de intervir nessas terras por imposição da segurança nacional, para realização de obras públicas de interesse do país e para exploração de riquezas do subsolo”. Embora contestada por interesseiros e aproveitadores, segue a lei: Art. 176. da CF: As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida a ela a propriedade do produto da lavra.
Não conheço luta indígena interna por trabalho, por condições para produzir, por melhorias infraestruturais ou por educação, embora o discurso pra inglês ver seja outro. Longe de serem santos inofensivos e ao melhor estilo Stédile, muitos reagem com violência desmedida aos desafetos, alguns extorquem, um tanto invade, outros queimam, como qualquer mortal marginal.
O que precisa acabar de uma vez por todas é essa mentalidade tacanha de que índio é um ser pré-histórico que deve ser preservado para visitação pública. Os caras precisam de saúde, educação, luz, água encanada, saneamento básico, internet, escola, Universidade, IPhone, Instagram, Twitter, dirigir seu próprio carro, emprego. São gente como nós. Precisam abrir suas mentes para o mundo. Essa história de “índio quer apito se não der pau vai comer” só existe no cancioneiro popular ou nas cabeças insalubres, doentias e oportunistas da esquerdalha cega.
O que quer o presidente é que o nosso índio se liberte desse viés ideológico imposto pela esquerda antipatriótica e cresça como povo, honrando sua cultura, seus costumes, sua tradição, com condições totais para produzir, ganhar e subsistir. Enfim, dignidade. E já!
Por Carlos Eduardo Leão