Submeter nossas crianças aos delírios ideológicos de esquerda fere mortalmente a família brasileira que quer suas meninas de rosa e seus varões de azul.
Gente, gente, eu não me emendo! Tenho uma atração fora do comum por temas polêmicos. Mas, como há muita sintonia entre o que escrevo e os que me leem, continuo nessa toada. Muito embora ideologia de gênero seja um assunto árido e que desperta muita suscetibilidade, ouso abordá-lo pois o que temos assistido é algo felliniano.
“Seu neném é pra quando? Já sabe o sexo? Já tem nome?”
“É pra abril, se Deus quiser. Nem vejo a hora! Quanto ao sexo ele mesmo vai definir no futuro de acordo com as suas tendências genéticas, afetivas, com o que vai aprender no ensino fundamental e médio e aí escolherá o nome”.
Tenha santa paciência! A vontade que dá é parar por aqui, ir jogar tênis seguido por um bom vinho com os amigos da arte, falar sobre o meu Fluminense em pré-temporada para a segunda divisão e esquecer esse assunto. Mas ele tem a ver com afetividade e é isso que me move e inspira. Por definição, afetividade é um conjunto de fenômenos psíquicos que são experimentados e vivenciados na forma de emoções e sentimentos mais puros e sublimes. Segundo Piaget, “afetividade é um estado psicológico de grande influência no comportamento e aprendizado das pessoas juntamente com desenvolvimento cognitivo. Está presente nos desejos, interesses, tendências, valores e emoções, ou seja, em todos os campos da vida”.
A homoafetividade está relacionada com atração física, pessoal, intelectual entre pessoas do mesmo sexo e que pode evoluir para o amor, que tudo encerra, e seus desdobramentos. Nada tenho contra os homossexuais, muito pelo contrario. Sinto muito pelo preconceito e discriminação que, em pleno século XXI, ainda sofrem perante uma sociedade com uma parcela significativa de hipócritas e retrógrados, muito embora grande parte dos homoafetivos viva normalmente e o preconceito está longe deles.
Homosexualidade não é doença nem está ligado a transtornos genéticos como querem os que utilizam a homofobia como bandeira política. Numa publicação em fins de agosto deste ano, a Revista Science revelou a maior pesquisa já realizada sobre o tema, feita por pesquisadores americanos e europeus, envolvendo meio milhão de pessoas e cujo resultado sepulta de vez a ideia de que exista um “gene gay” determinante. Isso significa que fatores não-genéticos como ambiente, criação, personalidade e nutrição são muito mais significativos para influenciar na escolha do parceiro sexual de um indivíduo.
O inadmissível é a famigerada ideologia de gênero imposta pelo pensamento de esquerda com nítido viés político de desestabilização da família e utilização da causa como bandeira numa pseudo defesa dos excluídos pelo preconceito homofóbico. Ardilosos, ficam bem na fita e angariam votos e dividendos. O famoso “Kit Gay”, cartilhas, livros e outros materiais escolares com conteúdo e apologia homossexuais explícitos são uma afronta à sociedade tradicional. Uma coisa é o respeito que os gays merecem, outra coisa é a imposição de suas preferências às nossas crianças orquestrada pela esquerda. Eles mesmos, os gays, são contra essa prática ideológica infeliz. O que querem é o direito à cidadania plena, trabalho, crescimento pessoal e realização profissional. Enfim, querem ser felizes.
Utilizar-se de fraquezas, tendências, opções de vida, pobreza, riqueza, cor de pele ou etnias como bandeiras politicas é expediente torpe, inconsequente, dissimulado e, sobretudo, irresponsável de quem não tem o menor compromisso com a cidadania, moral e costumes, pilares inabaláveis da democracia plena e da construção pátria. Estes amorais, infelizmente, habitam o cerne da esquerdalha brasileira.
A regra é clara: Deixem nossas crianças em paz! O Capitão e a Damares tão de olho.
Por Carlos Eduardo Leão