O Papa dá sinais de insanidade física ao protagonizar atos que ferem mortalmente a fé católica.
Não creio que Fernando Meirelles ou Petra Costa aceitariam dirigir o longa “Dois Insanos”. Poderiam pensar que se trata de uma trama para contar suas próprias histórias. Na verdade, não é. “Dois Insanos” tem que ser dirigido por um cineasta de perfil não ficcional que retrate o cotidiano tal como ele é. Desnude a verdade. Mostre a realidade. Prospecte as intenções. A Netflix dificilmente aceitará bancar a trama por não ter em seus quadros alguém com esse perfil no cinema a que se propõe. Certamente, Gregório Duvivier, Márcia Tiburi e Guilherme Boulos se ofereceriam para assinar o enredo e Chico Buarque a trilha sonora caso Petra e Fernando estivessem no páreo. Mas, não estão.
No melhor estilo “a arte imita a vida”, “Dois Insanos” contará a história de Francisco e Lula. No enredo, afirma-se que a insanidade do primeiro é física. Não se pode acreditar que alguém que se sente no trono de Pedro possa, em sã consciência, fazer o que tem feito Sua Santidade. Aos 83 anos qualquer ser humano padece, uns mais, outros menos, de alterações cerebrais que chamamos de demência senil. Portanto, uma entidade clínica tida como “normal” para a idade.
Quando se acirra, este mal pode comprometer os atos de quem padece do seu impiedoso açoite. “Dois Insanos”, portanto, seguirá nessa vertente responsável em defesa do Papa. Há sete anos no comando dos católicos, Jorge Mário jamais conseguiu esconder sua afeição pelo pensamento de esquerda, sua admiração por ditadores, pela teoria comunista, pelas causas defendidas por uma pretensa minoria e, entre outros, pelo pensamento ideológico esquerdopata que assola o mundo. O grande erro do santo padre talvez tenha sido a crença de que ele, Jorge Mário, e Francisco sejam um só. E não são. A Jorge Mário, tudo isso é permitido. Ao Papa, noblesse oblige.
Jorge Mário poderia e pode receber, Maduro, Evo, Raul, Correa e Lula a hora que bem entender. O Papa, não, não e não. Lula é acometido de uma insanidade de caráter, portanto incurável. Trata-se de um câncer da honra. Entranha seus cromossomos, perpetua na sua descendência. É ladrão, dissimulado, enganador, ilusionista da fé pública, líder de organização criminosa, condenado em três instâncias pela justiça de seu país. Um homem com esse currículo não foi ao Vaticano em busca de perdão, da misericórdia ou da remissão de seus erros. Foi se encontrar com um parceiro ideológico em busca de proteção e sobrevida política.
O aval de um dos maiores líderes religiosos ao maior ladrão da história agrediu irremediavelmente o Brasil, ainda a maior nação católica do mundo que, com atos como este e outros de relevante importância, numa sequência preocupante por parte de Sua Santidade, perde fiéis em progressão geométrica, e vê os evangélicos se prepararem para o apogeu no podium religioso.
A incontida alegria de Jorge Mário ao lado de ditadores revelada por fotos históricas em contraponto a um fácies de desgosto e enfastio ao lado de estadistas conservadores de direita, só mostra sua parcialidade ideológica. Sorte desses últimos não terem levado tapa nem terem sido vítimas de nojo em apertos de mão protocolares.
Em resumo, “Dois Insanos” mostrará a história de um líder religioso com suspeitas clínicas senis e de um oportunista que busca a todo custo uma estratégia que salve seu partido nas eleições municipais desse ano. Com suspeita de recidiva de um antigo tumor, certamente usará essa novidade para proveitos políticos e pessoais, até mesmo amenizar a embaraçosa situação que criou no Vaticano.
Longe de querer ser crítico de cinema, na minha leiga opinião “Dois Insanos” contará a história de um líder que foi buscar sua extrema unção política.
