A facada, os laranjas, Amazônia em chamas, Marielle, o porteiro, avó de Michelle, embaixada nos EUA, Macron, Greta, o Papa, OMS, Dória, Witzel, Moro, STF, vírus e agora, Queiroz! Haja saco!
Ontem assisti a entrevista que Mourão concedeu pra Monalisa Perrone e Caio Junqueira, na CNN. Quando olho pra cara daqueles dois me vem à mente Barbie e Ken. Ser pai de filhas me dá esse grande diferencial de conhecer bonecas e, de quebra, seus namorados. E aí, Duda, a minha do meio, pondera que eles estão mais pra Susi e Beto, versão tupiniquim e ainda mais cafona do casalzinho americano.
Além de forçados por caras e bocas, trejeitos e olhares capciosos, Susi e Beto são venais e tendenciosos. Tentaram deixar o General com a saia mais justa possível mas o Vice-presidente, que não me engana quanto à voos mais altos, saiu-se bem, sempre com aquele ar forçado de uma pseudo simpatia que não tem. Quando perguntado sobre Queiroz, o Covid19 da vez, teceu elogios ao soldado do Exercito que, em 1987, fora seu motorista e, como qualquer militar, sempre leal, amigo e honesto. Deixou à caserna para a Polícia e o encontrou anos depois, durante a campanha, por proximidade com a família presidencial. Até então não conhecia nada que o desabonasse.
Enquanto Susi perguntava e Mourão respondia, eu assistia e ao mesmo tempo passava os olhos nos meus WhatsApps e encontrei uma postagem, sem autor, que me chamou muita atenção, não só pela coincidência mas pela profundidade da mensagem. “– E o Lula, o Zé Dirceu e o Rui Falcão? – É, mas e o Queiroz? – E o Jean Wyllys, o Greenwald e o Haddad? – É, mas e o Queiroz? – E o Adélio, a Gleisi e o Stédile? – É, mas e o Queiroz? – E o Maia, o Alcolumbre e o Alexandre? – É, mas e o Queiroz? – E a Benedita, a Feghali e a Rosário? – É, mas e o Queiroz? – E a Dilma, o Requião e o Dória? – É, mas e o Queiroz? – E o Ciro, o Cid, e o Boulos? – É, mas e o Queiroz? – E o Mino Carta, o Noblat e a Vera Magalhães? – Não quero saber! Quero o Queiroz! Queiroz! Queiroz! Queiroz! Queiroz!” Sensacional, não? Precisa de mais alguma coisa?
Rachadinha é uma contravenção institucionalizada. Mutatis mutandis, é o jogo-do-bicho da política brasileira praticada “normalmente” da cabo-a-rabo no Brasil. Até pegar alguém que pudesse infernizar ainda mais a vida do Presidente, passou a ser um crime de gravidade abissal, hediondo e com contornos de crueldade política que merece tribunais bem ao estilo Nuremberg. Roubar uma galinha ou R$ 6 trilhões, como os surrupiados da pátria pelo PT, não diferencia os autores. Ambos são ladrões. Muito embora de virulências diferentes, continuam ladrões. Muito embora institucionalizada, rachadinha é contravenção, tem que ser punida e erradicada, doa a quem doer, inclusive o Senador que parece, aos olhos da grande mídia, o grande inventor, idealizador, incentivador e maior beneficiário dessa prática tão ou mais antiga que o vento sul.
O que preocupa é o problema chegar ao Olimpo. Pelo que temos assistido parece que nossos ministros se esqueceram de sua máxima e precípua função de guardiões da CF. Suas ações monocráticas e invasivas aos outros Poderes sao incompatíveis por quem não representa o povo, pois não foram eleitos por ele, este sim detentor de todo o poder que dele emana. Como não fizeram concurso para o cargo, novamente não representam o povo. Soma-se um agravante de que praticamente todos foram indicados por presidentes que foram banidos da vida pública pela vontade do povo, além de alguns julgamentos que passaram à uma triste história de inconstitucionalidade ao manterem os direitos políticos daquela senhora cassada, mudarem uma decisão previamente tomada sobre prisão em segunda instância para favorecer o mais ardiloso ladrão brasileiro e, mais recentemente, insistirem nesse controverso inquérito das FakeNews.
Ainda creio muito na justiça e numa mudança de pensamento dos habitantes de nossa suprema instituição. O Presidente jamais deu mostras de qualquer tipo de arbitrariedade e isso, por si só, é uma demonstração inequívoca de um espírito democrático nato, uma paciência de fazer inveja a Jó e um compromisso inarredável com a harmonia e independência dos três Poderes da República. Preocupa apenas a sua condição humana quanto ao limite de sua paciência e pelas reiteradas mostras de que não tem e nunca teve em suas veias aquele famoso sangue de barata.