Aproveitar-se da dor alheia, apoderar-se de cadáveres e fazer deles palanque político é pecado mortal.
“Um abraço aos filhos que perderam o pai e aos pais que perderam o filho neste triste Dia dos Pais para 100 mil famílias. Muitas mortes poderiam ter sido evitadas. Que tragédia.” Fernando Haddad na sua página do Twitter.
“Cem mil vidas perdidas. Negacionismo, desprezo à ciência, perda de credibilidade e ausência de liderança. Solidariedade às famílias. Força SUS. Oremos.”. Henrique Mandetta na sua página do Twitter.
“Bolsonaro foi preponderante para termos 100 mil mortes por Covid.” Henrique Mandetta para a Folha.
“Não podemos nos conformar, nem apenas dizer #CemMilEdaí. São mais de 100 mil famílias que perderam entes para a Covid. Que a ciência nos aponte caminhos e que a fé nos dê esperança.” Sérgio Moro na sua página do Twitter.
Dia dos Pais é uma data marcante em que comemoramos o privilégio da paternidade junto às nossas descendências, dádivas preciosas a que fomos merecedores e que procuramos honra-las através de um amor infindo e inexplicável. É um dia, portanto, de reflexão, enlevo, alegria e congraçamento junto aos filhos e família, a mais importante instituição humana.
Não me senti confortável em comentar ontem estas 3 personalidades que se aproveitaram de uma data singular para um dos mais intoleráveis oportunismos demagógicos nestes tempos de tristeza e apreensão. A que ponto chega a desfaçatez e o arrivismo. Incrível! Mais triste ainda quando utilizam da fragilidade emocional da perda para fazerem ilações irresponsáveis com a velha e conhecida narrativa de achaque e agressão onde a calúnia permeia as entrelinhas de frases de ódio e despeito.
Tenho asco desses oportunistas do caixão. Parecem comemorar cada vida ceifada. 100 mil mortes são o símbolo perfeito para esses antipatriotas. Um marco para nova onda de ataques ao PR a quem culpam como único responsável pelos números tristes e irreparáveis. São obtusos em seus raciocínios tacanhos. Esquecem-se que somos quase 218 milhões. Destes, pouco mais 3 milhões se infectaram, pouco mais de 2 milhões se recuperaram e pouco mais de 100 mil (será mesmo?) se foram. Isso significa que menos de 1,5% da população contraiu o vírus que poupou aproximadamente 98,5% dos brasileiro. O que nos consola em parte, embora não aplaque nossa tristeza, é que 0,05% da população sucumbiu ao vírus impiedoso revelando uma sobrevida em torno de 99,95% de todos nós. Se relativizarmos o número de contaminados com curados encontramos 68,5% de pessoas recuperadas e pouco mais de 3% dos contaminados faleceram. Esses números, infelizmente, não interessam aos arautos da desgraça. Só os 100 mil importam.
Fiquei chocado com o JN de sábado. Teatrais, dissimulados, descompromissados com a verdade. São seríssimos candidatos a serem “sepultados” por suas próprias mentiras. Mandetta é um bacharel em medicina ortopédica que posa de cientista. Moro revelou-se um traidor de si mesmo e da própria pátria, uma das piores espécies de humanos. Nada pior que tentar acusar falsamente um patriota idôneo e preocupado com o seu povo. O Brasil inteiro sabe muito bem quem fez o quê nessa pandemia. Vidas foram perdidas muito em razão da maldade de corruptos e clamarão por justiça até o fim dos dias.
O povo não se engana e sabe de quem foi a responsabilidade pela “prisão” de 210 milhões de nós. Não se esquece de quem fez vista grossa para espancamento de mulheres em público, das algemas humilhantes, das viagens em camburão, das armas de choque, da proibição da hidroxicloroquina em nome da “ciência, ciência, ciência”, dos superfaturamentos de respiradores e Hospitais de Campanha, enfim, de toda palhaçada demagógica por falta total de escrúpulo e embasamento científico nas medidas histéricas tomadas por insanos funcionais.
A esses personagens que fizeram o fim-de-semana dos Pais restam agir como aquele ladrão ao lado de Cristo, no calvário. Peçam perdão! Salvem-se! Ainda há tempo, mesmo porque não tenho certeza de que o inferno lhes queira.