Força, PR! Ainda não será dessa vez que “absorventes íntimos” derrubarão um líder.
Segundo aquela simpatia antipática, o deputado Kim Kataguiri, uma espécie de Jaspion do Congresso, “A esquerda baterá em Bolsonaro até ele cair”. Engana-se, caro Jaspion. A esquerda baterá em qualquer um que ocupar aquela máxima cadeira até ela voltar ao poder. Não teremos paz se o escolhido não se alinhar à sua sanha de domínio absoluto do estado. De duas, uma: ou nos rendemos ao plano de poder dessa gente maldita ou nos acostumamos com a guerra.
Não conseguiram com a facada. Aí, tentaram Glenn, porteiro, Queiroz, Santos Cruz, droga no avião, óleo na praia nordestina, fogo na Amazônia, leite condensado, Sérgio Moro, pandemia, STF, offshore de Guedes e Campos Neto e, agora, o incomparável personagem, o absorvente íntimo.
Confesso a minha absoluta falta de paciência com essas narrativas oportunistas, essa histeria desmedida e esse chororô de perdedores inconformados. A bola da vez foi o acertado veto presidencial a uma parte do PL da deputada petista Marília Arraes, denominado Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, que obriga o governo a distribuir absorventes higiênicos às mulheres carentes, Brasil afora.
Este é o país dos blogueiros e influenciadores que utilizam de energia descomunal para gritar desvairadamente seus anseios espúrios mas sem a capacidade cognitiva de alinha-los aos ditames da CF. Como tudo que parte da esquerdalha, esse projeto é muito bonito e simpático no papel. Distribuir “Modess” para mulheres carentes e estudantes de baixa renda emociona a população.
“Que top, gente!”, diria o povo. “Vetou? Que fascista malvado!”, complementa o mesmo povo induzido pelos maus-caracteres que tentam, 24 horas/dia, iludir a fé de nossa gente contra o PR. Não existe milagre. Tudo que se distribui com gratuidade é pago por alguém. E a brincadeirinha ficaria na casa dos 120 milhões/ano, montante sem previsão no orçamento anual da União.
“Nenhum beneficio ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total”. CF, art. 195, parágrafo 5º. Claro que os ardilosos conhecem a lei. Mas são maus. Não hesitam em descumpri-la.
“São Crimes de Responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a CF”. CF, Art 85. Claro que o PR conhece a lei. Ele é íntegro. Não se permite jogar fora das quatro linhas do nosso Manual de Instruções.
Gente, aqui pra nós! Vocês acham justo jogar sobre os ombros da sociedade mais essa despesa? O que temos a ver com a menstruação alheia? A mulher menstrua desde Eva. Desde 22 de abril de 1500 que as moças, aqui nascidas, também menstruam e até hoje ninguém morreu por causa disso. Menstruação é algo fisiológico. Dinheiro público não é dinheiro do público, é dinheiro do contribuinte, do pagador de impostos que acorda cedo para trabalhar e custear a saúde, a segurança, a educação e o bem estar social.
É o fim do mundo, numa época de gastos estratosféricos com a pandemia maldita, tentar-se desgastar o PR com medidas tão inviáveis economicamente. Estou certo que nossas mulheres merecem todos os cuidados possíveis com a sua saúde. Na posição de médico afirmo e reafirmo que há muito a ser feito antes de se distribuir, “gratuitamente”, esses famosos absorventes de produtos de menstruação.
Por mais desconfortável e anti-higiênico que seja o período menstrual nada se compara à menstruação do pensamento democrático deixando as mentes vazias e capazes de afirmar que o veto presidencial é “candidatíssimo a ser derrubado”. Lamentável!
Sugiro o absorvente “Sempre-Livre ao importante político, autor da frase. Poderá ser inspirador.