Ao desfilar com a bandeira, Hamilton desperta patriotismo até mesmo nos isentões.
Há algum tempo ausente do Blog, confesso que estou meio sem saco de escrever. E vocês hão de entender. Sou cronista amador, portanto descompromissado com a obrigatoriedade imposta pelas redações. E mais, sou totalmente dependente da inspiração. E o que tem acontecido nas últimas semanas desencoraja até mesmo guerreiros de primeira hora.
E não é que o incomparável Lewis Hamilton me fez sair dessa anorexia literária? E a fome pelas letras apareceu pela emoção que senti ao final do GP Brasil de Fórmula 1, ontem, em São Paulo. O simpático inglesinho, ao receber a bandeirada da vitória, repetiu o épico gesto do imortal Ayrton Senna. Parou a Mercedes, solicitou nossa bandeira e desfilou com ela desfraldada por toda Interlagos para uma plateia de 2 bilhões de terráqueos.
Quis o destino que a tocante homenagem coincidisse com a semana que comemoramos a República. A demonstração de carinho e, sobretudo, respeito ao símbolo máximo da pátria, continuou no pódio onde a bandeira roubava a cena da glória e protagonizava a importância desse país, celeiro do mundo, que utilizando apenas 7% de seu território para a agricultura é responsável por 1 em cada 5 pratos de comida que alimenta o mundo diariamente, além da sua máxima responsabilidade e compromisso na manutenção de intactos 84% de sua Amazônia desde o Big Bang, segundo recentes dados oficiais da NASA.
Esse é o Brasil verdadeiro homenageado por Hamilton, o mesmo vilipendiado perante o mundo por uma oposição até hoje inconformada com a perda do poder e merecidamente humilhada pela avalanche de competência que se denuda ante seus olhares incrédulos e invejosos mesmo com todo contravapor diuturnamente utilizado por Poderes, por aquela mídia e por detratores da pátria que preferem o caos.
Não escreveria sobre isso, mas já que comecei aproveito para comentar sobre a filiação de Moro ao Podemos para ser candidato àquela cadeira. Li nas redes sociais o seguinte texto. “Quando o relacionamento termina e você “vaza” os nudes de sua namorada, isso não prova que ela é uma “vagabunda”. Prova apenas que você é um canalha que está expondo o que alguém lhe deu no momento de total confiança”. O texto estava junto à uma foto do sorridente candidato. Estou tentando entender…
Na mesma toada do “já que comecei”, Gilberto Gil está eleito e é o mais novo imortal da ABL. Fará par com Fernanda Montenegro, recentemente eleita. Se imaginarmos que lá, na ABL, foram preteridos nomes como Graciliano Ramos, Mário Quintana, Drumond, Monteiro Lobato, Nelson Rodrigues, Millor e tantos outros comprometidos até à alma com os contos, poesias, prosas, versos, e ensaios, temos que admitir que o movimento para a mudança do nome “Casa de Machado de Assis” para “Casa-de-Mãe-Joana” é perfeitamente plausível e altamente justificável. E a esquerda caviar, que come camarão nas quentinhas do MST, já se digladia pelo privilégio de pagar módicos R$ 70 mil por cada fardão que fantasiará os novos imortais!
Quanto à desautorização sobre a não demissão de não-vacinados por empresas, egressa daquela Casa Suprema, deixará governadores e prefeitos com suas saias justas. Para que os não-vacinados topem toma-la, os governantes terão que convencê-los de que a vacina funciona. Em contrapartida, terão que convencer os já vacinados que ela não funciona, para que eles topem tomar os sucessivos reforços. Vai ser dureza!
De volta ao Hamilton. Que a bandeira brasileira desfraldada por um estrangeiro em pleno Brasil aguce o patriotismo, acorde o país e engalane a pátria pela liberdade.
