Eis uma possível “nova máxima” dessa nova ordem mundial, a qual, modestamente, estou lançando inspirado na versão feminina de Larry, Joe e Moe. Eu explico. Três moçoilas, com cara, retórica e trejeitos lacradores, protagonizaram, na véspera de Natal, uma improvável propaganda do Bradesco. Nela tentam convencer o brasileiro a abster-se da carne bovina às segundas-feiras para tentar frear o avanço do efeito estufa.
As Três Patetas brasileiras, com pretensões à influenciadoras, conseguiram atiçar a ira de até quem já morreu. Os vivos restantes, pelo menos os que pensam, mostraram, em suas redes sociais, total indignação com a ignorância e o desconhecimento de causa sobre clima e, pior, a irresponsabilidade de se desestimular o consumo de carne de origem animal, fonte maior de proteínas e outros nutrientes tão importantes à vida. Tudo em nome de um histeria mundial injustificável de que os gases produzidos pelos inocentes puns dos rebanhos estariam influenciando negativamente o questionável efeito estufa que, por sua vez, é muito mais narrativa do que propriamente ciência.
Remonto-me a Shakespeare: “Que época terrível é essa que idiotas dirigem cegos?” O que essa propaganda tem de verdade? De onde tiraram essas teorias? Com que autoridade um Departamento de Marketing de qualquer empresa pode deliberar sobre assuntos que não tem o menor conhecimento? E, pior. Com que jugo uma propaganda pode atentar contra a nossa liberdade? A decisão de comer ou não carne às segundas-feiras é individual, a mesma sobre vacinar-se, sobre ir e vir, de usar verde ao invés de vermelho, de ser católico ou evangélico, de ser tricolor ou rubro-negro. Isso se chama liberdade.
Em nome da discutível teoria “Carbono Neutro” em relação à carne bovina, o Bradesco protagonizou uma propaganda desprezível e comprometedora aos seus interesses corporativos. Milhares de correntistas, ligados ou não ao agronegócio, grandes empresas, corporações as mais diversas, sindicatos e outras instituições do segmento encerraram suas contas no referido Banco. De nada adiantou aquela cartinha de desagravo. Inês é morta, meu caro Bradesco. O brasileiro acordou e sabe o que a Av. Paulista, o Alto Leblon, alguns grandes Bancos e outras assemelhadas instituições querem ao apoiarem a volta daquele cidadão ao poder. Vocês não mais nos enganam. Conhecemos a voracidade e o tamanho da goela dessa gente.
Fiquem sabendo que o Brasil é o único país do planeta que tem um programa voltado para a produção agropecuária e preservação do meio ambiente chamado Programa ABC – Agricultura de Baixo Carbono. Centenas de milhares de hectares correspondentes a 16 países europeus já fazem parte do programa através da integração lavoura-pecuária-floresta, utilizando pastagem natural como o principal insumo alimentar para a produção de carne bovina, contribuindo decisivamente para o balanço do Carbono, sequestrando esse gás que a produção pecuária emite.
Fiquem sabendo que, depois de abastecer totalmente o país, a pecuária brasileira foi responsável, até novembro último, pela exportação de 1 milhão e setecentos mil toneladas de carne bovina que rendeu ao país US$ 8,5 bilhões. Isso sem falar nos empregos, transportes, adubos, sementes, cadeias frigoríficas, supermercados, embalagens, etc, que a cadeia da carne vermelha proporciona.
Fiquem sabendo que o agronegócio brasileiro é responsável por 1 dentre 5 pratos de comida que se comem na Terra, portanto é hoje uma instituição de segurança nacional e garantia de vida, elevando o Brasil a celeiro do mundo.
Fiquem sabendo também que, embora não desista, eu me dou conta daquela máxima de Mark Twain de que “Nenhuma quantidade de evidência irá persuadir o idiota”.