Muito interessante uma analogia que vi nas redes assinada por @JotaOliver que tem tudo a ver com o momento de extrema tensão que ora vivemos.
Muito embora com a mesma genética, o mesmo físico, a mesma força, a mesma imponência e igualmente majestoso, o leão de circo é totalmente diferente do leão da selva. O do circo é um animal acuado ante um domador franzino, uma cadeira alquebrada e um chicote surrado. Ao vê-los, o “gatinho medroso” coloca seu rabo entre as pernas, treme suas bases e só não se borra todo por estar faminto e sem o que excretar.
Esse medo do domador, essa subserviência, esse complexo de inferioridade diante do estalar do chicote e do malabarismo da cadeira explicam-se na promessa fácil, sem luta, sem garra, sem trabalho por um quinhão de comida que lhe garante a sobrevivência, não se levando em conta se indígna ou não. O leão de circo é um adestrado pela conveniência, escravizado pela ideologia de seus amos. Um fantoche sem norte, sem futuro e sem esperança. Um animal transformado num vagabundo, num medíocre que se contenta com pouco acostumado com a indolência que lhe confere o medo de perder a migalha, típica dos inexpressivos e desimportantes.
O leão da selva é um guerreiro livre. A sua fortaleza, determinação e foco estão alicerçados na liberdade e no destemor que ela, a liberdade, lhe garante para as suas ações de sobrevivência, crescimento, liderança e extraordinário instinto de sua própria preservação e da sagrada salvaguarda de sua descendência.
Somos um país composto por esses dois tipos de leões. Uma preocupante manada de leões idiotas, rasteiros e vadios ainda existe no Brasil e acredita que o cabresto curto e impiedoso da escravidão, das ideias tacanhas, do pensamento obsoleto e das atitudes imorais podem fazer a diferença e nos tornar melhores.
Melhores como? Abortando ao bel prazer? Molestando nossas crianças? Achando lindo roubar um celular? Profanando a fé? Regulamentando a livre expressão da mídia séria? Limitando nosso direito de ir e vir? Calando nossas bocas com mordaças imundas? Invadindo nossas propriedades? Dividindo-as com os leões de circo? Apoderando-se do nosso dinheiro para sustentar outros domadores circenses, mundo afora?
Tá nas nossas mãos. Esse pleito histórico deixou de ser, há muito, uma simples disputa entre Bolsonaro e seu adversário. O que está em jogo é qual leão queremos ser. O que está em jogo é o futuro da liberdade, da decência e da moralidade. O que está em jogo é a escolha entre um homem de bem e um condenado amoral. O que está em jogo é a soberania da “selva” contra a volúpia sem limites da N.O.M.
Os brasileiros que se identificam com os leões de circo estão precisando de umas sacudidelas e de uns puxões de orelha que os façam acordar para a realidade e os retornem aos trilhos da sensatez para entenderem, definitivamente, que “quando se troca a honra e a moral por uma promessa de picanha significa que não valem nem mesmo um pedaço de mortadela”.
E fica a pergunta para a nossa reflexão. Ao votarem no descondenado, os leões de circo, os Ciros, Simones, FHCs, Serras, Marinas, artistas e famosos dos meios jurídicos e empresariais estão certos de que ele, o gatuno, deixou de ser ladrão ou todos eles entraram despudoradamente para a quadrilha?
Essa pergunta serve pra você? Que Cristo, o Leão de Judá, permita que não.