Posam de arautos da ética, ao melhor estilo de seu ídolo mor, a alma mais honesta do Brasil.
Chego à tácita conclusão que este nosso Congresso é composto por macho mesmo. Macho na acepção da palavra. Cabras da peste! Destemidos! Verdadeiros “Conans”, “Rambos”, “Chucks Norris”, “Lees van Cleefs” da vida. Maus e impiedosos, ao melhor estilo da sétima arte, com a diferença de não serem os “mocinhos”, claro! Vocês viram a coragem dessa turma com Sérgio Moro? E como peitam o presidente? Pelo que são e o que devem à Justiça, só macho, gente!
Há anos esses caras protagonizam os mais bizarros atos de antipatriotismo explícito. Salvo grandes e honrosas exceções, segundo a grande mídia quase dois terços desse terrível “Exército dos Mortos Vivos” estão citados, indiciados ou processados por ilicitudes as mais diversas, na maioria das vezes ligadas à corrupção e roubalheira. Posam de arautos da ética ao melhor estilo de seu ídolo mor, a alma mais honesta do Brasil. Honesta, mas presa. Uma injustiça!
Os “Virgulinos Ferreiras das Silvas” do Parlamento não estão nem aí! Não querem nem saber se o povo cansou e a paciência acabou. Querem a todo custo medir forças com o Executivo no intuito de derrubá-lo. Barram tudo! Vão de encontro a qualquer movimento. Emperram a máquina. Colocam empecilho nas mínimas ações de um governo eleito legitimamente pelo povo que, a cada manifestação, mostra pacificamente a sua força, corroborando com a máxima da democracia, estampada na Carta Magna de outubro de 1988, no parágrafo único do artigo 1, que “todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes ou diretamente”.
Será que esse excesso de macheza deixou-lhes cegos a ponto de não entenderem o “ou diretamente”? Será que não conhecem a força do povo através da história da humanidade? Estão brincando com fogo! Estão atiçando a ira! Não dá pra entender esta queda de braço com Guedes. Entendam de uma vez por todas que os R$ 850 bilhões, que vocês contrapropõem, não servem. Ponto final! O cara quer R$ 1 trilhão e explicou porquê. Vocês não querem entender por dois motivos: falta completa de intelecto econômico e também e principalmente por birra. Nós, povo, teoricamente os mais prejudicados, entendemos, queremos e precisamos da bendita Reforma original. Resta a vocês, empregados do povo e por nós pagos, dizerem amém. Simples assim.
Tentaram e continuam tentando enquadrar Moro no caso IntercePT. Só levam ferro, coitadinhos, e fortalecem ainda mais o juiz. Alcolumbre, depois que aprovou a lei contra o pretenso abuso de poder de juízes e procuradores, juntando-se à bandalheira, chegou ao delírio de dizer que se o ministro fosse parlamentar, ou estaria cassado ou preso, além do recado de Maia de que as ruas de amanhã não têm poder para pressioná-lo. Com os seus respectivos desatinos, ambos reforçam a máxima de Einstein que disse: “Duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas, quanto ao universo, ainda não tenho certeza absoluta”.
A tentativa espúria, rasteira e inconcebível da defesa de Lula exigir de uma comissão do STF um novo julgamento para a soltura do ladrão, mostra a que ponto chegamos neste triste capítulo da Justiça brasileira que, por angustiantes horas, deixou o povo brasileiro em total apreensão até o apertado placar de 3 a 2 manter o presidiário atrás das grades.
A reprovação do projeto das armas é de uma sordidez sem precedentes, que só perderá em indecência quando a Folha estampar em manchete: “Sargento que levou cocaína na bagagem estava cumprindo ordens do presidente”. É uma questão de tempo. Podem apostar.
O saco acabou, valentões. Amanhã, mais uma vez estaremos nas ruas. Há uma centelha de luz ao fim de um túnel longo, tortuoso e escuro. Há esperança, meus caros inimigos do povo, em meio a essa balburdia, a esse desmando e a esse caos a nós impostos pela falta de patriotismo que arraiga a alma de cada um de vocês. Há um fôlego de vida e, enquanto ele existir lutaremos contra as mortes da consciência política, da moral administrativa e do Estado Democrático de Direito. Não ficaremos à mercê desse plano diabólico de poder paralelo que vocês querem impor à nação, mantendo-nos de joelhos, implorando misericórdia. Os cordeirinhos não existem mais.
O Brasil é maior que vocês. E quando assistirem a nossa força amanhã, domingo, sugiro que corram pra debaixo da cama. É um recurso tão antigo quanto a velha política que os senhores professam. Tenham apenas cuidado com o pinico. Eles podem estar cheios, “talkey”!
Por Carlos Eduardo Leão