A saída de Roberto Alvim prova o compromisso do governo com os ideais democráticos
Sempre dei muita importância aos olhos e ao olhar das pessoas. Aquelas que não te fitam nos olhos então, nem me fale! Roberto Alvim é uma dessas pessoas. Ele tem “olho ruim”. Tem algo no olhar desse cara que nunca me enganou. Não é simpático. Tem um ar arrogante e uma retórica agressiva. Em resumo, um cara polêmico que, neste curto período em que ocupou a Cultura, envolveu-se com pessoas e episódios igualmente polêmicos, principalmente no tocante à cultura negra de tamanha importância e respeitabilidade, aqui e além-mar.
Não tenho dúvida: Alvim foi uma bola fora do presidente que, justiça seja feita, a todo instante nos reitera não ser infalível e, vez ou outra, poder sim errar. A seu favor, sobra-lhe humildade em reconhecer seus equívocos e, ato-continuo, desculpar-se deles e resolve-los.
Embora esse Alvim não seja flor que se cheire, é sempre bom estarmos alerta às malignas artimanhas da esquerda, infiltrada até o talo no âmbito da Cultura. Essa turma é profissional! Serão mais três anos de tentativas para desestabilizar, denegrir e arranhar o governo. Vamos lá: as duas palavras que inspiraram toda a polêmica, “heróica” e “imperativa”, não foram patenteadas por Goebbels e, à toda hora, qualquer um de nós lançamos mão delas sem a necessidade de royalties. Entretanto, meus amigos, estes vocábulos utilizados na fatídica frase do discurso do “olho ruim” foram as mesmas utilizadas na fala do execrável alemão, numa “coincidência retórica” imperdoável e indefensável.
Mas mesmo assim eu me pergunto, já que lidamos com a esquerdalha: Alvim conhecia mesmo esse discurso do nazista? Se conhecia, seria tão estupido em reproduzi-lo em sua fala e cavar a sua própria cova? Acabar com a sua reputação? Por em risco um cargo que tanto o entusiasmava? Sujeitar-se a processos por Ilação às práticas genocidas? Como o discurso teve a participação de assessores de esquerda, de duas, uma. Ou a frase foi enxertada por algum deles e passou desapercebida pelo “olho de cobra” ou algum deles informou sobre esse insano detalhe a um jornalista qualquer que, com esse furo, municiou o resto daquela conhecida imprensa e decapitou o Secretário. Esse pensamento coincide in totum com as teorias de Olavo de Carvalho que vai além: “Interroguem esse jornalista e acabarão sabendo de onde veio essa coisa toda”.
Prato cheio pra parte da grande imprensa. Não houve outro assunto durante todo o dia. As caras e bocas dos comentaristas de TVs, jornais, rádios, redes sociais, procurando sempre espezinhar o presidente, culpando-o de todas as mazelas identificáveis no seu extraordinário governo foi o que de melhor aconteceu sob a ótica do divertimento. Rir desses caras que, horas antes, foram solicitados por Sua Excelência, o presidente, a tomarem “vergonha na cara” pelo jornalismo irresponsável que professam em relação ao governo, não tem preço.
Quando Lula disse que “Mao também lutou por aquilo que achava certo, lutou para transformar alguma coisa” ou ainda, “Por exemplo, o Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que eu admiro num homem, o fogo de se propor a fazer algo e tentar.”, não foi massacrado nem aterrorizou essa mesma imprensa hoje aterrorizada com o “olho ruim”. Nossos suados milhões destinados à ela, imprensa, pela alma mais honesta do mundo foram suficientes para perdoa-lo desse “pequeno deslize”.
Aos que não se lembram, “Uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade” é de autoria de Goebbels e parece ser a frase predileta de grande parte da mídia brasileira que, implacável, não se cansa de propagar: “Bolsonaro é racista, homofóbico, misógino, torturador, assassino”. Quem sabe um dia cola?
Que Deus proteja o próximo ocupante da Cultura brasileira, responsável maior pela identidade e tradição de um povo que a ideologia de esquerda tenta, ao melhor estilo comunista, destruir, instituindo suas ideias perversas e retrógradas na deturpação da arte e do belo em todas as suas expressões.