Com que cara os componentes da CPI vão comemorar o dia junto às suas mamães?
Não é apenas a sua, meu caro e saudoso Paulo Gustavo! A minha mãe também é uma peça. Além de linda, alegre e de bem com a vida, minha mãe, não envelhece. Ela é no máximo, antiga. Tornou-se um “clássico” e, sobretudo, sábia. “Meu filho, você acha que eu devo tomar a vacina?” “Mamãe, por motivos muito especiais, eu não tomarei. Minha Luiza, médica como eu e sua neta, tomou resoluta. Espero ter ajudado na minha resposta.” E minha mãe, na sua deliciosa maneira de encarar a vida, respondeu-me com peculiar irreverência : “Pois eu vou tomar! Se tiver de morrer, é muito mais chic morrer da vacina do que do vírus!” Marlene tomou as duas doses, continua feliz e irradiando sua contagiante simpatia.
Em seu nome e de Thaïs, linda mãe de minhas filhas, abraço todas as mães que, nesse momento, me leem. Às mães dos filhos que estão me lendo, envio o meu carinho neste dia em que oficialmente as comemoramos e as honramos com o nosso amor, nossas atitudes e nossos exemplos.
Mães educam os filhos para o mundo na esperança suprema de seu compromisso e comprometimento com o próximo, calcado no exemplo de cidadania que, em última análise, encerra os puros sentimentos do amor, civismo, pátria e família.
Sobrevém-me uma torturante dúvida sobre todo esse prólogo acima ao assistir, atônito, à CPI da Covid. A pretensa C omissão P arlamentar de I nquérito deu lugar ao C irco de P olíticos I nconsequentes. Como em sã consciência aceitar para presidente um Senador que atualmente está sendo investigado pela PF por desvio de milhões de reais na Saúde em seu estado natal e citado em minucioso relatório “apenas” 256 vezes? E, pior. Dessa investigação sobrou cadeia para sua esposa e três irmãos. É ou não é uma excrescência?
Eduardo, Ciro, Oto e Humberto, também conhecido como Umcerto, nobres componentes do “Circo”, são igualmente investigados por atos pouquíssimos ortodoxos, amplamente conhecidos do grande público o que torna o escárnio com a população de bem ainda mais virulento e inescrupuloso.
Renan, o nobre relator, cujos atos pregressos enchem e mofam várias gavetas daquela Suprema Casa, a única coisa que tem de bom é o transplante de cabelo feito pelo meu querido amigo-irmão e colega de especialidade Fernando Basto. A parcialidade com que conduz o “Circo”, as perguntas capciosas, o direcionamento para o mal e o constrangimento que causa aos arguidos bem mostra o caráter desajustado desse longevo estorvo da política brasileira.
Mas nada chamou mais atenção do que o depoimento do Dr. Mandetta. Você, como os acima citados, ou já perderam a preciosa mãe ou não poderão olha-las nos olhos no dia de hoje. Eu teria vergonha! Você mentiu, meu caro. Continuou confessando sua incompetência e irresponsabilidade. Por que não admitiu seu erro? Por que incriminar o PR? Por que negar as evidências clínicas? Faltou-lhe humildade. Pior! Faltou-lhe hombridade! Não tem espaço pra você na Medicina séria. Medicina é algo sublime. Algo suprapartidário. Não admite ser usada para fins políticos ou eleitoreiros.
Teich, que faz o tipo “pilha fraca”, permanece uma incógnita. A sua saída repentina da Pasta urge uma explicação antes que os boatos circulantes maculem irreversivelmente sua biografia. Mas, pelo menos, não mentiu sobre a política do Governo. Tanto ele como Queiroga podem beijar suas mães, olhando-as nos olhos.
Conhecendo Marlene como conheço, ela mãe dessa trupe circense jamais abdicaria do amor materno incondicional mas não se furtaria às inclementes palmadas e cobranças pelos atos desavergonhados e tendenciosos cuja finalidade única é derrubar o PR neste Circo dos Horrores.
Por falar no PR, ele, certamente, está agora no colo orgulhoso de sua mãe.