Inverossímil e inadmissível o ponto que chegou a extrema mídia brasileira.
Confesso que to com dificuldade pra começar este texto. Não sei por que caminho enveredar, se apelativo, agressivo, irônico ou diplomático. Vou iniciar e ver no que dá. Vamos lá, então.
Minha inspiração brotou ato contínuo a um vídeo que Kim Paim compartilhou no Twitter, nessa manhã, mostrando a ira de um cidadão brasileiro contra a revista “IstoÉ”, dessa semana, que estampa na capa o PR travestido de Hitler sob o título “As práticas abomináveis do MERCADOR DA MORTE”. (Link para o vídeo)
O indefectível bigodinho foi desenhado com a palavra “GENOCIDA”. As chamadas despertam a atenção para “experiências desumanas inspiraras no horror nazista durante a pandemia” praticadas pelo “nosso Hitler” que “reproduziu na medicina métodos comparáveis aos do 3o Reich que levaram milhares de mortes por meio de ações cruéis”.
Ao comprar todas as 4 revistas da banca, na esquina de Haddock Lobo com Lorena, em Sampa, este brasileiro, antes de rasgá-las com a facilidade que se rasga uma folha de papel A4, mandou um recado aos patrocinadores e anunciantes do referido periódico e solicitou aos compatriotas que assistissem ao seu ato inspirado na indignação, na ira e na absoluta sensação de perplexidade e desrespeito que aquela capa desperta na alma dos cidadãos com um mínimo de honra e dignidade no seu pensamento cognitivo.
Kim Paim não gostou da atitude. Condena o gasto de R$ 59,60 “só pra mostrar que rasgou a revista ao invés de doar 3 pratos de comida pra algum mendigo na rua. O cara financiou e validou a ação de marketing da “IstoÉ”, provando que atacar o governo é lucrativo”, sentencia esse engenheiro e influenciador baiano que virou referência em análise política.
Discordo em parte de você, Kim. Este incógnito brasileiro está se sentindo ultrajado, vilipendiado e enganado por essa imprensa fétida e amoral. Ele representa os quase 58 milhões que votamos oficialmente em Bolsonaro e, pelo menos, mais 20 milhões que também votaram e que, por obra do conhecido desconhecido, não foram computados. Somos, portanto, 80 milhões de patriotas putos da vida com esse desrespeito inominável que se enquadra integralmente no Art. 26 da LSN: “Caluniar ou difamar o Presidente da República (…) imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação. Pena: reclusão de 1 a 4 anos.”
De lambuja, nosso “herói do dia”, ao matar a calúnia na fonte, sem discutir ou debater, desnudou a insignificância desse pasquim. 4 exemplares na banca! Tão fina que foi rasgada com inacreditável facilidade. Esse “emagrecimento” é típico das doenças terminais que afetam a imprensa covarde, caluniosa, inconsequente e tendenciosa. Está fina por falta de conteúdo, de verdade e de credibilidade. Está fina pelos poucos anunciantes que insistem patrocinar a mentira num intolerável conluio com o desprezo. Vocês financiaram um imperdoável desrespeito às vítimas do Holocausto e a hora de vocês chegará por esse pecado mortal. Esperem e verão.
Pensei em terminar este texto assim: “IstoÉ” você é uma “bosta”. Mas, pensando com a razão, bosta pode ser usada como adubo e ajudar florescer jardins, canteiros, hortas e o agronegócio. Pode ainda, ao ser examinada, diagnosticar inúmeras doenças e salvar vidas. A bosta não merece isso.
Atendo-me apenas à forma, aspecto e odor, todos repugnantes, prefiro, então, ficar com a sua redentora variação e terminar dizendo:
“IstoÉ” você é uma merda!