O Super-homem será sempre maior que qualquer polêmica ou insanidade que lhe atribuam.
Dezembro de 1978. Noite alta. Chico chega em casa com alguns amigos após assistir “Super- homem”, o filme. Encontra o insone Gil para quem conta, extasiado, detalhes do herói chamando a atenção para uma cena impactante quando, numa prova infinita de amor, o intrépido muda a rotação da Terra, retrocedendo o tempo para salvar sua grande paixão, Lois Lane.
O amor sempre foi a máxima inspiração dos poetas ao longo dos séculos. E não foi diferente com Gilberto Gil. Um lápis, um caderno e um violão e a consagração de “Super-homem”, a canção que nascia naquela noite de sublime alumbramento. Um clássico atemporal da música brasileira que resume essa dependência mútua, fisiológica e indissociável que só o amor desperta entre um homem e uma mulher.
Numa entrevista ao GNT sobre o que ele quis transmitir em cada linha de sua composição, Gil explica que “a dimensão naturalista, instintiva e fisiológica entre o homem e a mulher, da qual depende a sobrevivência da espécie, foi o mote da inspiração. Na modernidade, as mulheres ganharam mais espaço colocando, de uma certa maneira, os homens contra a parede. E o homem foi entendendo que precisava rever o seu campo de relacionamento com a mulher e preservar essa maravilhosa dependência que ele tem dela mantendo a cultura de harmonização e entendimento entre os gêneros. E nesse sentido o Super-homem se fortaleceu”, completa Gil.
Confesso que “um dia, eu vivi a ilusão de que ser homem bastaria para ver meu país mais tolerante com as diferenças, livre totalmente para expressar-se e liberto do nefasto “politicamente correto” que tanto destrói nossa cultura e desarticula a espontaneidade do povo, outrora tão irreverente, ingênuo e feliz.
“Vivi a ilusão que o mundo dos homens pudesse me dar” a chance de ver um país mais justo, menos polarizado, mais focado no crescimento, menos corrupto, mais inclusivo, menos odioso.
“Quem dera pudesse todo brasileiro compreender, oh mãe, quem dera, ser o verão o apogeu da primavera” e ser o atual governo o apogeu da decência, a esperança suprema do combate às ideologias doentes, o caminho para o desenvolvimento sustentado, o meio e o fim para o bom combate às desigualdades e a única e derradeira chance de proteção definitiva contra o comunismo perverso que ronda a Terra.
“Quem sabe o Super-homem venha nos restituir a glória, mudando como um deus o curso de nossa recente história, tão aviltada por uma esquerda profana, inconsequente, destruidora da família, dos costumes e da fé cristã.
“Quem sabe o Super-homem venha nos restituir a glória, mudando como um deus o curso” das narrativas inconsequentes e impiedosas que destroem pessoas, arrasam reputações e devastam carreiras, tudo em nome de um inconformismo sem precedentes pelo poder perdido.
“Quem sabe o Super-homem venha nos restituir a glória, mudando como um deus o curso da história, por causa da mulher”, símbolo máximo da temperança humana. Que ela seja a definitiva inspiração para quem quiser reafirmar seu lado feminino e que o faça como legítima opção, apenas respeitando aqueles que tudo fazem por amor à uma mulher.
“Quem sabe você, Super-homem, venha nos restituir a glória, mudando como um deus o curso dessa história que quer mudar a sua.
Meu abraço apertado, Maurício. Meu e de mais de 2 milhões de nós.