Jair! ó Jair! onde estás que não respondes? Em que canto, em que lugar, em que endereço tu te escondes, embuçado nos céus do Brasil? Dê-nos um sinal, um pequeno aceno, um estalar de dedos que seja! Refrigere nossas almas, acalente nossas angústias, fortaleça nossas esperanças, renove nossas forças, Jair!
Um joinha ou até mesmo aquele coraçãozinho meio cafona que se faz com as mãos e se arremessa pros queridos já seriam suficientes para alegrar o espírito da pátria. Eis aqui a importância do líder, a força do comandante, o braço firme do timoneiro que tanto alenta os liderados e robustece a sua causa, seja ela qual for.
Há 21 dias lhe enviamos o nosso grito que, profícuo, destemido e eficiente, corre, desde então, o infinito da nação. Onde estás, Senhor Presidente? Não embalde é o nosso sonho, o mesmo seu: Deus, pátria, família e liberdade.
Embora entendamos a eloquência do seu silêncio e quão estratégico ele é, temos as nossas fraquezas exacerbadas por uma estranha solidão cercada de gente aos milhares. Sentimos a falta do cercadinho, das lives das quintas, dos esporros sensacionais naquela imprensa escrota e vendida, na transparência e espontaneidade dos seus atos, as vezes pouco ortodoxos e nada litúrgicos que fazem a alegria de uma oposição venal que encontra neles a única razão de desonra-lo.
Mas não se preocupe, PR. Continuamos firmes e confiantes. Você nos despertou para um patriotismo irreversível e um incomensurável amor ao Brasil. Somos um exército de manés inconformados com a injustiça e, sobretudo, com o dolo que tanto nos avilta. O deboche, o escárnio e o desprezo demonstrados naquela frase infeliz, cutucaram o manezal com vara curta. Sinto-me, como qualquer brasileiro, um mané fortalecido no brio e na honra e pronto para as suas ordens e decisões.
Custa-me crer que, embalde, será a nossa esperança na reversão da verdade sobre o resultado de um pleito totalmente suspeito e opaco. Custa-me crer que, embalde, será o nosso grito contra a perpetuação do achaque diuturno à Carta Magna. Custa-me crer que, embalde, será a nossa luta pela manutenção da soberania da pátria e liberdade do povo. Custa-me crer que, embalde, continuamos nas ruas
Continência militar é uma simbologia milenar. É um ato elegante, de máximo respeito e apreço que os militares têm em relação aos seus superiores, pares, subordinados e símbolos. Custa-me crer que o juramento e a honra das FFAA quanto aos seus atributos e saudações serão embalde diante de um contraventor.
“Se, em qualquer nação da Terra, há um desclassificado no poder é porque os que o elegeram estão bem representados”, na visão erudita do Barão de Itararé. Já Nelson Rodrigues sentencia que “A maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas”. Penso que ambos os conceitos não cabem aos brasileiros já que, em 30/10 não houve tipicamente uma eleição e sim uma nomeação. Penso também que o recém nomeado enquadra-se na segunda maior vergonha do Brasil. A primeira é quem o defende.
Portanto, manés do Brasil, desesperar jamais. Aprendemos muito nestes anos. Afinal de contas, não tem cabimento entregar o jogo nesse segundo tempo. Nada de correr da raia, nada de morrer na praia.
Força e honra, manezada! Em Deus, vai dar certo!