Cenário 1.
“Não gosto do Bolsonaro!”
“Mas por que?”
“Ah! Acho ele um mal-educado, não tem papas na língua, é grosseiro, maltrata os jornalistas, não tem postura. Um tosco!”
Cenário 2.
“Votei em Bolsonaro mas não voto mais nele!”
“Mas por que?”
“Os filhos são uns bandidos, juntou-se ao Centrão, um genocida durante a pandemia, é contra a vacina, não tem retórica de presidente, não tem o mínimo de liturgia para o cargo que confiei a ele, é populista, joga pra torcida. Enfim, um Shrek.
Eis aqui dois cenários frequentes do nosso cotidiano que remetem à máxima de Henry Ford que “Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele”. Quando Descartes disse “Penso, logo existo”, ele criou um ícone da concepção iluminista que marcou indelevelmente a visão desse histórico movimento, colocando a razão humana como única forma de existência. O grande filósofo entendeu que, ao duvidar, estava pensando e, por estar pensando, existia.
A liberdade é a maior virtude de um povo e o princípio máximo do pensamento. Opinar com liberdade, portanto, é um privilégio inenarrável a ser sempre defendido com unhas e dentes. Não me incomoda as opiniões que abrem esse texto. Incomoda o descompromisso com o “pensar”. Se vocês querem saber, não discordo de tudo ali descrito. Acho até que o PR faz jus a alguns adjetivos que o imputam, nada tão grave a ponto de desmerece-lo.
Incomoda a pouca fé, a pouca determinação e a pouca capacidade de discernimento das pessoas. Incomoda a facilidade como são manipuladas. Verdadeiras marionetes da esquerda de Lúcifer! Incomoda a frivolidade. Incomoda a inércia dessas verdadeiras “marias-vão-com-as- outras.
Incomoda a cegueira de não atentarem às qualidades em comparação aos defeitos. Incomoda não valorizarem o compromisso, a lisura, a transparência, o comprometimento de um homem com sua pátria e seu povo. Incomoda não exaltarem um PR que fala diariamente com sua gente, semanalmente com a nação, numa sintonia que somente os de retórica e gestos simples conseguem comunicar-se de maneira tão verdadeira que tanto incomoda os detratores da bonança e os arautos do caos.
Incomoda a falta de raciocínio lógico de não se duvidar das pesquisas de intenção de votos, ou da aprovação ou rejeição ao PR. Incomoda a passividade frente ao passaporte sanitário ou a obrigação de imunizar nossos pequenos. Incomoda a falta de lucidez em se achar “normal” tomar 4 doses de vacina em 8 meses.
Incomoda muito essas pessoas não duvidarem. Duvidem, meus caros, e vocês estarão pensando. E por estarem pensando, vocês existem. E existem ou para viverem ou para serem enganados como os protagonistas desse texto que não têm a capacidade de entender o savoir- faire de um líder democrático que engole os mais impensáveis atos de ingerência a bem da governabilidade, da estabilidade, do crescimento e, sobretudo, do bem-estar de seu povo.
Incomoda imaginar que por causa de um sonoro e libertador “puta-que-pariu” sobre uma verba de, pasmem, R$ 50 milhões para ensinar Bitcoin aos índios, o PR seja preterido a um ladrão, a um traíra ou a um cangaceiro.
Incomoda saber que poderemos ser vítimas de estultos.