“Nem branca, nem negra, amarela ou vermelha. Na face da Terra existe uma única raça: a humana”.
Não tenho mais saco para Marielle Franco e George Floyd. Que fique bem claro que esta minha explosão de impaciência é pelo que lhes é atribuído e não pelo destino trágico de suas vidas que tanto recrimino e tantas dores trouxeram aos que lhe são caros.
Na suposição de vida após a morte, será que Marielle estaria satisfeita com o que fazem com seu nome? Com a exploração de uma “causa” a ela atribuída como se fosse ela a autora? Com a importância política que lhe dão e que nunca teve? De estar sendo usada, como símbolo negro de uma minoria ressentida e humilhada pelos brancos? De ser transformada, do dia pra noite, em mártir, decantada em prosa e verso na Sapucaí e recebendo, post mortem, as mais altas condecorações brasileiras? Será que ela, em suas caminhadas pelas veredas do Édem, pensa realmente que ela foi mesmo tudo isso que lhe atribuem e se faz merecedora de tanta honraria?
Na mesma vereda celestial, Floyd cruza com a vereadora, faz um simpático aceno e continua sua caminhada refletindo sobre sua morte terrena e como a hipocrisia é reinante na sua última morada, a Terra. Um contraventor conhecido, várias vezes preso, usuário e traficante de drogas, detido em flagrante delito e morto em circunstâncias cada vez mais suspeitas, segundo as mídias americanas, transforma-se em mártir mundial, com protestos altamente desproporcionais ao ocorrido já que, fatos como esse são corriqueiros na América, onde policiais e bandidos frequentemente disputam lugares em covas e crematórios. De novo a coincidência de uma vítima preta (ou negra, dos politicamente corretos), em ano eleitoral já que a esquerda americana não está segura de que apenas a Covid19 seja capaz de arrancar o galego da Casa Branca.
De novo o rascismo como arma política! Para Elizabeth Kolbert, não há base científica para raça. Trata-se de um rótulo inventado e que, para a ciência, é uma ideia política sem subsídio científico utilizada para nos afastar um dos outros. Apesar do termo raça ser utilizado no senso comum, é totalmente incorreto afirmar que a espécie humana possui diferentes raças. Isto porque o DNA entre pessoas com diferentes características físicas varia em menos de 0,1%. Portanto somos 99,9% semelhantes e a diferença tem a ver com a adaptação dos humanos a diversos tipos de ambientes do planeta, na visão do professor e historiador Dias Machado.
Esta semana três vídeos circularam exaustivamente nas mídias. O ganês Nabby Clliford, o ator Babu Santana e o produtor musical Wesley Ros dividem a mesma opinião. Não querem ser chamados de negros e sim de pretos. A palavra negro tem sempre uma conotação pejorativa e sempre para o mal. Nos dicionários da língua portuguesa, negro também é sinônimo de infeliz, maldito. “Expressões do nosso cotidiano como lista negra, dia negro, magia negra, câmbio negro, mercado negro, peste negra, buraco negro, ovelha negra, humor negro, nuvem negra, passado negro, futuro negro, são expressões negativas. Quando alguém quer valorizar algo negro ele se refere diferente. Comemos feijão preto e não negro. Seu carro é preto e não negro. Tomamos café preto. A fome é negra. Ganhar na loteria é ganhar uma nota preta. Branco e preto não são negativos. Negro sim é uma palavra 100% negativa, leva ao atraso, produz miséria, doença. Chamar uma criança do século 21 de negra, pode gerar nela dúvidas de sua própria identidade, fomentando o racismo, o complexo de inferioridade”.
Sou fã do Sérgio Camargo, homem preto e presidente da Fundação Palmares. Respondendo se ele seria a favor de acabar com o Dia da Consciência Negra, “Claro que tem que acabar já que é uma data que a esquerda se apropriou pra propagar vitimismo e ressentimento racial. Essa não é uma data do negro brasileiro e sim de uma minoria empoderada da esquerda que propaga ódio, ressentimento e divisão racial. No que depender de mim a Fundação Palmares não dará suporte algum à essa data”. Isso tudo pra desespero da cantora Alcione que ameaçou Camargo de pega-lo na porrada caso o encontrasse na rua. Chico Buarque ofereceu-se para ajudá-la.
Ao retirarem “E o vento levou”, a “Mona Lisa” da sétima arte, da plataforma streaming por suposta alusão racista num filme de 1939, os afromimizentos radicais se superaram. Este longa deu o primeiro Oscar da história à uma atriz preta, Hattie MacDaniel, que, criticada por ter se sujeitado ao papel que lhe garantiu a honraria, eternizou-se na frase “Prefiro interpretar uma criada por US$700 a ser uma por US$7”.
No Brasil existe vitimismo e o nosso racismo é circunstancial e oportunista. Incitar os pretos e fazê-los acreditar numa suposta inferioridade, fazendo-os ressentidos e humilhados é típico do esquerdismo que tenta escravizar a “mente negra” e convertê-la em massa de manobra, sempre em busca de vingança contra o branco privilegiado.
Pretos do Brasil, conscientizem-se! Somos todos iguais, capazes, e irmãos!
