Claro que eu tinha que esperar, mesmo arriscando não ter “freguês” me lendo. Hoje é 2 de maio, segundona braba, início de semana. Pior, início de mês! Todo mundo trabalhando, a maioria sem
tempo pra se coçar. E alguém achar um tempinho pra me ler não será tarefa fácil.
Mas pra você que conseguiu já começo pedindo perdão pelo “todo mundo trabalhando”. Refiro-me, claro, ao brasileiro de bem. Esse que ontem vestiu-se com as cores pátrias, lotou aqueles
tradicionais locais, Brasil afora, e soltou, mais uma vez, o grito pela liberdade.
Grito é um som penetrante, voluntário, espontâneo, articulado e emitido com força pela voz humana. Seja, soprano, barítono, tenor, contralto, feminino ou masculino, afinado ou desafinado, o grito é um clamor da alma. Gritar é mais que um privilégio. É um direito de povos e nações quando querem ser ouvidos nas suas mais legítimas reivindicações.
Ouviram da Paulista, ouviram de Copacabana, ouviram da Praça da Liberdade, ouviram da Terceira Ponte, ouviram do Ipiranga às suas margens plácidas o brado retumbante de diferentes vozes brasileiras. No dia do trabalho, data máxima da humanidade e símbolo maior da dignidade humana, o brasileiro de bem reiterou seu grito pela confiança nos melhores propósitos em prol de Deus, Família, Pátria e Liberdade.
Foi um grito especialmente diferente. Parece ter sido reforçado em decibéis pelos vergonhosos acontecimentos da semana iniciados pela live dos Irmãos Patetas que terão, certamente, o inexorável destino reservado aos traíras. O canto desafinado de Alckmin e Lula entoando o hino da Intentona Comunista, soou como um réquiem deles próprios. O destempero de Ciro no Agrishow foi algo só visto nos piores momentos do cangaço. Nada, porém, compara-se ao elogio de Dória a Lula. Se bem que dar 10 dias ao PR pra ele explicar àquela Super Casa o “Decreto do Perdão” é páreo duro com o que fez o “Bosta”. Ou “Estrume”? Eu sempre me confundo.
Essa é a esquerda! Quanto mais conspira, trama e envenena, mais lhe falta pulmão e cordas vocais. O que se ouviu dela nesse 1º de maio foi um longínquo alarido, também conhecido como “grita”, uma infausta tentativa de dar voz à sua insignificância representada por gatos-pingados em torno de um ladrão, que acha que polícia não é gente, à espera de quórum para vociferar barbáries antipatrióticas. Nem Daniela Mercury, no esplendor de sua irrelevância, tendo Lula como seu baterista, foi capaz de atrair degustadores oficiais de “pain à la mortadelle”. E assim foi de norte-a-sul.
O grito orquestrado, afinado e em tons maiores, entoado por causas que enobreçam a vida do povo é mais letal que o ruído de canhões e bombas ou o rufar de bumbos e baterias das bandas de esquerda, sempre dissonantes e inoportunas.
Pela alma e imagens de ontem, inquestionáveis e definitivas, o brasileiro de bem parece precisar apenas de um turno para gritar suas esperanças e reeleger sua liberdade. Todo cuidado é pouco com o tal
“Grito das Urnas”. Isso é conversa pra boi dormir. Urnas brasileiras são inertes. Não têm vida. São apenas caixas de ressonância. O Grito é do povo! Soberano, altivo, intransferível e inviolável.
Já o “Grito de Guerra” é feio e impensado. Mas existe! E o brasileiro de bem sabe disso.
E não há boi que durma com ele.