A transformação na vida de cada ser humano é possível. Se para o bem ou para o mal, depende de nós.
CF, Art.57, § 4°: “… “VEDADA a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente”.
“A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa ao admitir a reforma. Quanto à ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca. Traidor da Constituição é traidor da Pátria”. Dr. Ulisses Guimarães (05/10/1988 – Promulgação da Constituição Federal).
VEDADA: proibida, vetada, desautorizada, impedida, interditada. (dicio.com.br, lexo.pt, sinonimos.com).
O triste disso tudo é não haver a pressuposta unanimidade entre os senhores moradores da Suprema Casa, neste improvável caso Maia/Alcolumbre. Pior do que isso é conviver com a real possibilidade de se ignorar solenemente o “Afrontá-la nunca” e assistir ao assassinato de nossa Carta Magna. Oremos! É o que nos resta.
Mas não é esse o assunto que me traz a vocês. Hoje o que me inspira são as interessantes voltas que a vida dá, o que reforça o conceito de que viver é um eterno crescimento pessoal e, sobretudo, espiritual.
O entendimento deste texto será mais fácil se lido por pessoas que convivem estreitamente comigo. Como nossa Constituição, também não sou perfeito. Não me falem em sítios, fazendas, cidades interioranas, antigas, históricas. To fora, gente! Não aprazem o meu espírito. Sinto-me oprimido, peito apertado nestes lugares. O silêncio entediante, a algazarra de grilos ao entardecer, a sinfonia das vacas e galos ao alvorecer minam as entranhas de seres urbanos como eu. Sinto falta das buzinas, das algazarras humanas, dos Shoppings, de ver gente, muito embora a convivência com amigos queridos é sempre prazeirosa e, nestes lugares em especial, aplacam um pouco essas sensações. Pelo sim pelo não, levo sempre um Prozac. Vai que a coisa aperte?
Jamais gostei do convívio próximo, tipo contato imediato do 3° grau, com cachorros, gatos, passarinhos, periquitos e outros pets caseiros, muito embora saiba aprecia-los e, sobretudo, respeitá-los. Chegar na casa de amigos que têm cachorro sempre foi um suplício. Esse animaizinhos sentem quando a gente não é chegado. E aí, fazem a festa.
Há 35 anos Thaïs e minhas filhas pedem a minha aquiescência para conviver com cachorro aqui em casa. Acho que o tempo amolece corações mais duros e resolutos em relação a pleitos como esse. E foi o que aconteceu comigo, por mais incrível que possa parecer aos meus mais íntimos.
Há 3 meses chegou Bartô, apelido de Bartolomeu Leão, nome que consta no documento de pedigree de um Spitz Alemão Anão Boo. Nos meses que antecederam sua chegada tentei doutrinar as adoráveis mulheres da minha vida para determinadas regras de comportamento do animal. O medo de ver os pés dos móveis destruídos, algumas obras de arte arranhadas, rasgadas ou com perda total, além de xixi e coco espalhados aleatoriamente pela casa, atormentava meus dias.
E aí, Bartô, você veio e transformou nossas vidas, sempre abençoadas. Nossa casa está num patamar inexplicável de bem-aventurança, de alegria e, sobretudo, de união em torno dessa magia que transcende o meu entendimento. Você está nos ajudando a demonstrar o melhor de nós mesmos. Desconfio que Deus colocou vocês no mundo para nos ensinar o verdadeiro significado do amor incondicional que você nos dispensa 24 horas de nosso dia e nos faz exercitar essa divina recíproca que, sem dúvida, nos torna melhor.
E na mais pura convicção, sem medo ou preocupação com a máxima “língua paga”, sigo Heinz Ruhman e grito aos quatro ventos que “É possível viver sem um cãozinho, mas ninguém merece essa pena”.