Em seu melhor discurso, o PR, em tom sereno, foi firme e contundente contra o descalabro.
…“Portanto, a auditoria nas urnas eletrônicas mostra que o sistema eleitoral brasileiro é vulnerável. Não é possível concluir se houve ou não fraude nas eleições, não porque o sistema eleitoral brasileiro seja inviolável mas sim porque o sistema implantado pelo TSE é inauferível e inauditável”. Conclusão do relatório do PSDB, de 2015. Disponível na Internet.
“Não é possível auditar de forma satisfatória o processo entre a votação do eleitor e a contabilização do voto no boletim de urna”. Conclusão do relatório da PF, de 2016, solicitada pelo TSE.
“Nós aprovamos a minuta de resolução que dispõe sobre procedimentos a serem adotados nas sessões eleitorais que utilizarão o modo de impressora nas eleições” Ministro Luiz Fux em sessão plenária de 2018. Vídeo disponível na Internet.
Se fosse colocar aqui todos os indícios de fraude relembrados pelo PR em sua histórica live de quinta-feira as 580 palavras que me permito por texto estariam esgotadas. Num sistema inauferível e inauditável as provas só podem ser circunstanciais que, por conceito jurídico, são aquelas que se baseiam em indícios. Foi o que fez Bolsonaro.
A chamada de ontem do programa “O Pingo nos Is”, do qual sou assíduo, beirou o inacreditável.
“TSE e STF preparam ofensiva contra o PR”.
“Ministros do TSE estudam se houve abuso nas declarações durante a live sobre teses infundadas de fraude nas urnas eletrônicas.”
“Ministros do STF suspeitam que o PR realizou uma campanha eleitoral antecipada.”
“Fux prepara um discurso com recados ao PR.”
Será que os senhores nos acham burros? Será que os políticos que já aprovaram o voto auditável para depois, de acordo com seus inconfessáveis interesses, mudarem de opinião nos acham lesados? Será que a imprensa extrema, vendida, parcial e comunista nos acha perfeitos idiotas? Será que a esquerda e a camarilha que a segue pelas trilhas imundas da sarjeta fétida, corrupta e impatriótica acham mesmo que somos robôs alienados?
Que ofensiva contra o PR é essa? O que ele fez senão relembrar o que já é amplamente conhecido nas redes sociais sobre essas urnas? O que ele fez senão mostrar o perigo que corremos de um retrocesso político que está sendo tentado de todas as formas pelas forças do mal? O que ele fez senão um discurso apaixonado de um líder pela liberdade de seu povo? O que ele fez senão mostrar aos seus liderados a importância da nossa força e da nossa determinação em prol de nós mesmos e, sobretudo, de nossa descendência? O que ele fez senão demonstrar a sua preocupação em jogar o jogo político dentro das quatro linhas da CF?
Que abuso é esse que os senhores se referem? Serão os depoimentos técnicos alicerçados em ciência sobre a vulnerabilidade dessas geringonças obsoletas e suspeitas? Ou o questionamento sobre a atuação pouco ortodoxa e pouco republicana de interferência de um Poder sobre outro? Ou será sobre a mudança radical de opinião da Corte em relação ao voto auditável?
Que campanha eleitoral é essa? O PR sempre tomou extremo cuidado em dizer “se eu for candidato”, lembram-se? Será que não se dão conta de que o cara é puta-velha da política, que pensa em cada lance que executa no xadrez político, agindo sempre com astúcia, inteligência e cautela?
Que discurso é esse que está sendo preparado? Que recados estarão nele? A impressão que nos passa é que, se já estiver, pronto, esse discurso tem grande chance de ser modificado após as manifestações de amanhã.
E os recados, nele contido, poderão ser outros. Tomara!