A política carcerária brasileira precisa ser urgentemente revista sob a ótica constitucional.
Um Bolsonaro comedido, menos falastrão, que não desse trela às provocações e que não caísse em tentação e armadilhas. Era tudo que eu queria. Mais nada, juro! Mas vocês acham isso possível? Seria ele? Seria o cara que elegemos e que tanto nos encantou pela transparência, sinceridade, autenticidade e compromisso com a verdade? Onde fica o João 8:32 nessa?
Aí perguntam pro cara sobre a chacina de Altamira e ele, já “p. da vida” com o Holy Cross da OAB, sai de “Pergunte para as vítimas dos que morreram lá o que elas acham. Depois que elas responderem eu respondo a vocês”. Pronto! Prato cheio pra esquerdalha!
Gente do céu, quem não se lembra no auge da campanha, daquela antológica entrevista com um batalhão de repórteres questionando sobre a rebelião no presídio de Pedrinhas, no Maranhão? Pra refrescar a “canhota” brasileira: “Uma das coisas boas do Maranhão é o presídio de Pedrinhas. É só você não estuprar, não sequestrar, não praticar latrocínio que você não vai pra lá, porra! Acabou! Tem que dar vida boa pra aqueles canalhas? Desculpe a palavra mas eles f… “nóis” a vida toda e aí “nóis” os trabalhadores vamo manter esses caras presos com uma vida boa? Eles têm mais é q se f… Acabou! Acabou! Os presídios brasileiros tão uma maravilha. Quem estupra, sequestra e mata tem que ir pra lá mesmo e não pra uma colônia de férias”
Eu e 58 milhões de brasileiros ouvimos, assimilamos e entendemos esse recado. Votamos nesta narrativa e ele ganhou. E não é nessa altura do campeonato que vamos deixar de entender as entrelinhas da resposta sobre Altamira. O que quer a esquerda caviar? Que o Bozo reserve uma ala do Copacabana Palace pra colocar essa canalhada que mata, estupra, sequestra, esquarteja sem dó nem piedade? Que eles tenham direito ao banho de sol pela manhã na bela praia em frente, com caipirinha e peroá frito? Aulas de francês e boas maneiras á tarde? Ou ler Marks, Engels, Lenin e Trotsky na biblioteca refrigerada do quarto andar? É muita hipocrisia dessa gente.
Esses caras têm direito sim a cama, comida e banho quente. Mas têm que pagar por isso. Se estivessem soltos, só teriam isso se trabalhassem. Estão presos porque pensaram diferente. E não me venham com o papinho de que são coitadinhos excluídos da sociedade capitalista porque não pega mais. Estamos vacinados. São 726 mil que poderiam estar asfaltando estradas, construindo creches, arando terra pra plantio, plantando e saudando mandioca, estocando vento e o escambau pra pagarem a sua “estadia” e tirarem do cangote do Estado, em última análise do nosso, medidas assistencialistas como auxílio reclusão, vale-transporte para suas visitas, entre outras benesses, em detrimento das vítimas e suas famílias arrasadas que nada recebem pelos desatinos da sua delinquência. Custeiam seus algozes numa inversão incrível de valores. Sobraria dinheiro para reformas das unidades prisionais e, sobretudo, para a Educação, o ÚNICO antídoto que liberta o homem do legado de miséria imposto por governos irresponsáveis.
Mas está na Constituição, Leão! Taí outra coisa que precisa ser urgentemente revista. Obsoleta, protecionista, assistencialista com 440 páginas (só perda pra Bíblia) contra 5 da Americana e que trava o Brasil em suas pretensões libertárias de progresso e modernidade administrativa.
O Brasil mudou gente! Não há nenhum desrespeito e nenhuma gravidade nesta resposta.
Segundo Caio Copolla, a situação está mudando para uma outra visão da criminologia onde a vítima passa a ser a protagonista na política penal onde teria mais oportunidade de fala e decisão para dimensionar a gravidade de um crime. Bolsonaro nada mais faz do que ir de encontro a essa bandidolatria curtida pela esquerda e sua peculiar tradução das regras dos Direitos Humanos.
Ninguém discute a responsabilidade de custódia do Estado para com a população carcerária. O que houve foi uma guerra entre facções criminosas e o que se questiona é a exigência constitucional para que nós, honestos, trabalhadores e pagadores de impostos indenizemos as famílias destes infelizes criminosos. Portanto, é justo e faz-se mister a mesma pergunta às famílias enlutadas pelas atrocidades cometidas pelos mortos mas nem por isso menos bandidos.
São 7 meses de governo apenas. O Centro de Recuperação Regional de Altamira não foi construído neste governo. A superlotação daquele antro não foi ordenada por este governo. As condições subumanas daquela pocilga, a falta de estrutura mínima para subsistência com um mínimo de dignidade encontrada naquele complexo não são atribuídas a este governo. A barbárie medieval e as consequências imediatas da chacina retratam apenas o descompromisso dos 16 anos de atraso impostos pela incompetência da esquerda. Nestes 7 meses, ao contrário senso e sob a égide de Moro, muito se avançou com reduções históricas da criminalidade e violência a números impressionantes além de ações estratégicas de desarticulação de comandos por líderes de facções no submundo dos cárceres brasileiros.
Reflitamos sobre o pensamento de Maquiavel sobre a integridade física do cidadão: “Antes de tudo, estejamos armados. Todos os profetas armados venceram. Os desarmados, destruídos”. Armados não só por armas mas por Educação, inteligência e ação, ouso completar.
Por Carlos Eduardo Leão