Numa noite para ser esquecida o STF protagoniza o maior escárnio da história
E agora, Supremo?
A farsa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, Supremo?
E agora, você?
você que desonra o nome
que zomba do povo
você que agora legisla
que trai, tripudia?
e agora, Supremo?
Está sem brio
está sem discurso
está sem carinho
já não pode conversar
já não pode conviver
só cuspir você pode,
a noite esfriou
o dia não veio
a esperança não veio
o riso não veio
não veio o esplendor da justiça
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, Supremo?
E agora, Supremo?
Sua triste palavra
seu instante de febre
sua gula e jejum
sua prepotência
sua arrogância de ouro
seu telhado de vidro
sua incoerência,
seu ódio – e agora?
Com a chave na mão
quer abrir o cárcere,
não ter mais porta,
quer morrer no mar,
mas o mar secou
quer ir para Minas,
Minas não te quer mais
Supremo, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
o Hino que nos move e fascina,
se você pensasse na Pátria,
se você olhasse pro povo,
se você se arrependesse…
Mas você não se arrepende,
você é duro, Supremo!
Não estamos sozinhos no escuro
qual bicho-do-mato,
temos fé,
temos parede forte pra encostar,
temos líder e cavalo preto pra galopar,
temos alvo,
estamos na fuga do retrocesso,
Você tentou, Supremo!
Supremo, você perdeu!
Por Carlos Eduardo Leão