Se os mancebos não querem ser carecas, muito menos as moçoilas. Estas então…
Careca é um termo pejorativo, um tanto grosseiro. Tem um ar deselegante, diria. Embora imortalizado de norte a sul pelo povo e cancioneiros da MPB e não molestado, por enquanto, pela nova ordem mundial de nomenclatura de gênero, confesso que prefiro os termos “calvos e calvas” antes que o “calves” passe a predominar por exigência de idiotas, cada vez mais em ascensão nos quatro cantos da Terra.
A polêmica em torno de uma suposta calvície da BBB Thais Braz ao exibir, durante um banho, uma testa muito alta, trouxe à baila um dos maiores traumas estéticos das mulheres e, principalmente, dos homens em todos os tempos. Nestes, por ser mais comum, o problema é aceito com mais naturalidade pela sociedade, enquanto nelas o trauma se exacerba impiedoso.
Calvície ou alopécia androgenética é um problema genético ligado à testosterona, um hormônio masculinizante, predominante, portanto, no sexo masculino mas que corre também, em menor quantidade, no sangue feminino. É muito importante frisar que nem toda queda de cabelo significa calvície. Doenças do couro cabeludo, problemas hormonais, déficits alimentares, baixa de vitaminas, stress emocional, medicamentos diversos, principalmente os que combatem o câncer como as famosas quimioterapias, radioterapias pelo mesmo motivo, entre outros, cursam com queda de cabelo, na maioria da vezes reversível ao se interromper a causa.
Faz-se mister o diagnóstico correto da queda de cabelo para que não se incorra em indicações cirúrgicas erradas. Ou seja, um transplante capilar em quem não precisava. O hábito frequente de se tracionar fortemente o cabelo em penteados como rabo-de-cavalo, tranças afro, nagô ou de raiz são responsáveis pelo que chamamos “alopécia por tração”, uma entidade por vezes irreversível que aumenta sobremaneira a testa causando uma desarmonia estética que envelhece o semblante de pacientes jovens.
A tricotilomania é outra entidade a ser pesquisada pelo bom profissional.Trata-se de um impulso urgente e irreprimível da pessoa arrancar o próprio cabelo, seja do couro cabeludo, sobrancelhas ou outras partes do corpo. É um tipo de transtorno compulsivo que pode levar à perda definitiva dos cabelos na região agredida.
Mais comum nas mulheres é uma rarefação universal do couro cabeludo que, normalmente, inviabiliza qualquer procedimento cirúrgico por falta de área doadora. Também mais comum em mulheres, a alopécia frontal fibrosante, que eleva desgraciosamente a testa, era infortúnio das senhoras pós menopausa, mas hoje é cada vez mais frequente nas mais jovens e em homens. A causa ainda não está bem esclarecida, mas parece estar envolvida a fatores genéticos, hormonais, imunológicos e ambientais. Tem que estar sempre no radar do especialista.
A Covid19 ainda é desconhecida para afirmarmos cientificamente que causa queda de cabelo. Observações clínicas já evidenciam algumas lesões de couro cabeludo como vermelhidão e pequenas erosões. Os fatores indiretos, principalmente o stress, a insegurança, o temor e a incerteza do futuro pós-pandemia podem sim causar perdas indesejáveis de cabelo de ordem emocional.
O importante é que, nós especialistas, estamos preparados para ajudá-las. O Brasil é um celeiro de grandes profissionais na Restauração Capilar, seja clínica ou cirúrgica. As técnicas são cada vez mais elaboraras e os resultados muito próximos da normalidade. Fica, porém, um alerta para o cuidado com os enganadores, os maus profissionais, os ilusionistas da fé pública que prometem aquilo que não podem cumprir sem o o menor pudor, conhecimento e escrúpulo.
A Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar (ABCRC) congrega Cirurgiões Plásticos e Dermatologistas, especialistas na arte. A Cirurgia Plástica e a Dermatologia detêm a hegemonia histórica do tratamento dos problemas do couro cabeludo há mais de 60 anos. Fica a dica.
Procurem ou certifiquem-se do seu especialista em www.abcrc.com.br. E não fiquem carecas! Ou melhor, calvas!