Se você estiver por aí e saco pra me ler, Jair, vai entender minhas razões pro meu sumiço do Blog. Não foi só a ressaca moral imposta por aquela “crônica de uma morte anunciada”. Sabíamos da possibilidade dela acontecer, como realmente aconteceu, mas optamos por não acreditar.
Você é um colecionador de milagres, amigo! Esperar por mais um, então, é sempre plenamente compreensível e justificável de nossa parte. A facada, a mídia extrema, os traíras, aqueles dois Poderes, a pandemia, a guerra e você vencendo tudo, só tem uma explicação: milagre. Se você ainda não sabe, Jair, milagre é a materialização daquilo que parecia impossível e está ancorado na fé que, em você, sobra.
Sobra também um compromisso irritante com essas famigeradas “4 linhas”, que você, por teimosia cívica de um tremendo patriota, não abre mão. Embora entendamos e deveríamos seguir resolutos no seu exemplo de retidão e inarredável compromisso constitucional, confesso que é muito difícil pra maioria de nós aceitar. Pelo menos pra mim, é algo intangível vê-lo tão correto e os outros cagando pras regras. Sempre penso na 3ª Lei de Newton, aquela em que se você não tiver as mesmas armas, iguais e de mesmo calibre, você não se contrapõe ao inimigo.
O seu povo está emocionantemente ao seu lado desde aquele 30 de outubro. E não tem nada a ver sobre não saber perder, Jair. É sobre não aceitar ser enganado que move sua gente de norte a sul neste país colossal. E não me refiro apenas às urnas, mas subtraídos vergonhosamente na honra, na decência, na moral, na ética e, sobretudo, na liberdade latu sensu. Nessa hora lembrei-me daquela famosa frase “Eleição não se ganha. Se toma! e permiti-me ao contraponto “Liberdade não se ganha. Se toma! Mutatis mutandi, ficou legal, né?
O 15 de novembro há dois séculos não foi um dia de melhores lembranças para a História do Brasil. D. Pedro II foi um grande homem, um brasileiro de escol. Um estadista expulso daqui como contraventor pelos ideais republicanos da época. Querem remontar a história mas se esquecem que naquela época os militares não eram os mesmos de 1964 e muito menos os de 2022 e menos ainda sem as redentoras redes sociais, sem auditores, sem Inteligência, sem estratégia e sem o devido interesse nas atualíssimas teorias de Sun Tzu.
Queria ver sua reação, Jair, ao ver o “nomeado” adentrar àquela Casa Olímpica e ser efusivamente cumprimentado pelos seus nomeandos, inclusive por aqueles dois recém chegados. Você também notou uma admiração subserviente estampada nos olhos daqueles que outrora o condenaram? Que escárnio, né Jair?
Mas vamos nos ater ao que interessa. O 15 de novembro de hoje, está sendo um monumento sagrado à democracia e um exemplo sem precedentes à Terra. O patriotismo do brasileiro depois de você aflora a alma, transuda a pele, engalana a mente e arrebata os quatro compartimentos do coração, sem espaço para mais amor à pátria.
A súplica dos patriotas às FFAA é totalmente pertinente aos anseios da liberdade para as gerações futuras. Se aderir ao clamor popular as FFAA estarão também se protegendo da tirania de sua própria desmilitarização já propagada aos quatro cantos do planeta, pela voz rouca do “nomeado”.
Em qualquer nação da Terra, em qualquer época da história, em qualquer momento da humanidade, se um General prestar continência a um ladrão condenado pela justiça o seu povo terá morrido como nação e o orgulho pátrio dará lugar à vergonha.
Concorda, Jair? Não, não, não! Não precisa responder! O seu povo confia em você!