A facada histórica feriu mortalmente a esquerda intolerante que quer nos levar para as profundezas do atraso.
Adélio, Adélio, que facada, meu caro!. Um verdadeiro samurai! Que pontaria! Que precisão no golpe! Quanta lucidez na estratégia!
Você escolheu a barriga certa. Embora todo o estrago anatômico promovido pela sua lâmina afiada, que levou aquele capitão à beira da morte, você permitiu, mesmo que por meios pouco ortodoxos, mesmo que por caminhos tortuosos, mesmo dentro de uma pretensa insanidade, uma transformação radical na vida de Jair.
Não falo apenas nas cicatrizes, na anatomia, na fisiologia, impostas pela sua arma branca. Bolsonaro está pálido, mais envelhecido, mais emagrecido, ainda cansado pela gravidade do golpe certeiro que o afastou das ruas e do povo, suas grandes paixões, num momento crucial da campanha por aquela cadeira no Planalto. A sua facada permitiu, ao contrário senso, que ele amadurecesse, que tornasse seu semblante mais sereno, que falasse com as palavras certas, bem colocadas, ponderadas e ainda mais verdadeiras.
Bolsonaro pós-facada, meu caro Adélio, transformou-se na figura de um verdadeiro estadista, fato que sua enorme oposição nunca aceitou. O estadista tem força, tem fé, tem determinação, tem amor pátrio, tem esperança, tem projeto para sua nação, tem vontade, conhece o caminho e está no caminho junto aos que nele confiam.
Bolsonaro pós-facada cresceu perante as pessoas de bem da pátria. Seu exemplo de pertinácia emociona. Não é à toa que cresce entusiasticamente a cada minuto, em todas as pesquisas, podendo até mesmo ganhar esse pleito sem nenhum tempo de televisão, sem nenhum botom, sem nenhum panfleto, sem nenhum retrato fixado em poste. Cresce porque as pessoas de bem da pátria passaram a ouvir sua ideias de preservação da família, dos costumes, da moral, da ética, da liberdade de pensamento, do direito de ir e vir, de banir a corrupção, muito mais do que os sérios problemas econômicos, igualmente importantes, mas secundários aos graves problemas de comportamento por que passa a nação.
Portanto, Adélio, não sei se classifico o seu golpe como “a facada que saiu pela culatra” ou como algo sobrenatural como, por exemplo, um milagre. Se você não sabe, milagre é a materialização daquilo que parecia impossível e está ancorado na fé que temos em Deus. Prefiro ficar com a segunda hipótese e me assegurar de que a facada histórica feriu mortalmente a esquerda intolerante que quer, a todo e qualquer custo, nos levar para as profundezas abissais do atraso.
Que tenhamos um pleito civilizado onde o Brasil esteja acima de todos e Deus acima de tudo.
*Carlos Eduardo Leão é médico e cronista.