Tite protagonizou triste cena do futebol ao esnobar o Presidente aos olhos do mundo
Não tem IntercePT, não tem “Pavão Misterioso”, não tem Reforma da Previdência. O que está mesmo bombando nas redes sociais, mídias normais e mídias canalhas é o que teria sussurrado Bolsonaro ao ouvido de Tite, na cerimônia de entrega de medalhas após a bela conquista das Américas.
A Ladbrokes, de Londres, bateu recordes em apostas onde a famosa “Lula tá preso, babaca” teria sido a frase proferida pelo presidente com cotação de 5 pra 1, seguida de perto por “Lula não veio. Fica Titi não”. Confiáveis hackers da IntercePT juram de pé junto que “Lula mandou dizer que não pôde vir porque está preso” corre por fora com chances de superar o famoso “hino” composto por Cid Gomes. Verdevaldo, por sua vez, com grande experiência em espionagem internacional aconselha a sua trupe, no melhor estilo “informação privilegiada”, a votar em “Vai ter que me aguentar até 2026”. Confesso que curto mais a previsão do Pavão Misterioso que crava em “Depois do meu mandato teremos mais 8 anos de Sérgio Moro”.
Cochichos, frases, segredos, recados, são de somenos importância. O que ficou daquela cena, em que Bolsonaro puxa o técnico pela cabeça, num gesto de altivez e carinho, para dizer-lhe alguma coisa ao pé do ouvido, certamente palavras de elogio e agradecimento, foi a grandeza de espirito desse homem. Gestos simples como aquele valem mais que mil palavras e mostram definitivamente quem somos e é nessa hora que conhecemos os verdadeiros homens.
A contrario sensu, Tite, por sua vez, não se deu conta da importância do cargo que ocupa. Não sei se feliz ou infelizmente, mas a Seleção Brasileira desperta tanta paixão e tanto amor que passa ser vista como um símbolo pátrio como são, por exemplo, o nosso hino e a nossa bandeira. O técnico da Seleção, segundo o genial Nelson Rodrigues, ocupa o segundo cargo mais importante da nação perdendo apenas para o Presidente da República. É, portanto, um líder não apenas de um time e de uma grande comissão técnica. Sendo a Seleção a “pátria de chuteiras” é imprescindível que o seu comandante dê exemplos e valorize virtudes humanas tais como ética, respeito, idoneidade e, sobretudo, caráter. Reverenciar ladrões e bandidos é algo incongruente com o cargo e fere mortalmente a máxima francesa “noblesse oblige”.
Ao desprezar o presidente, eleito por maioria esmagadora, com a mais esfarrapada desculpa revestida por um escudo de hipocrisia de que não mistura política com esporte, caiu em desgraça e descrédito com o povo quando aparece em vídeos, amplamente divulgados na mídia, dizendo um rotundo “não” ao Bolsonaro e um sonoro “sim” ao presidiário de Curitiba. Muita hipocrisia alicerça o seu caráter, meu caro. Que exemplo você está dando às crianças desse país que se espelham na Seleção e que a tem como exemplo sagrado de patriotismo?
Nada lhe impede de gostar de quem você quiser ou o contrário. Nada lhe impede de ser afiliado ou apenas um apaixonado pela seita petista. A idolatria ao PT e a Lula, demostrada durante a sua passagem pela Seleção não lhe dá o direito de influenciar politicamente a sua equipe, que representa uma nação, evitar o seu presidente ou ignora-lo, ou ainda esnoba-lo, como você fez ostensivamente aos olhos da pátria. Você não cantou o hino durante a cerimônia. Nós vimos e nos ressentimos disso. Cadê o exemplo?
A sua empáfia e pose, maiores que a sua competência, não conseguiram impedir seus comandados e legítimos campeões de abraçarem espontaneamente o presidente sob os gritos de “mito”, numa das cenas mais marcantes da história do futebol. Aliás, o grito “mito” ecoava sonoro e altaneiro no Maracanã e abafava facilmente algumas vaias ensaiadas por eleitores de Cabral, Freixo, Lindbergh, Paes e outros adoradores da alma mais honesta da Terra.
Somos ainda uma nação com um vazio cívico preocupante que, desafortunadamente, teve a conivência de líderes passados recentes. Nosso presidente, em quem tanto acreditamos e não nos decepcionará, representa a esperança da reversão desse quadro cuja gravidade contamina a moral, o amor e o respeito ao próximo, momentaneamente vazios por atitudes de desserviço pátrio explícito como o protagonizado pelo excelentíssimo senhor técnico da Seleção mais vitoriosa do planeta.
Tite é hoje a máxima personificação da expressão “pisou na bola”. Renato Gaúcho agradece.
Por Carlos Eduardo Leão