As cenas protagonizadas pela oposição durante a sabatina de Paulo Guedes na CCJ da Câmara assemelham-se às esperadas aparições dos palhaços em Circos, mundo afora.
Gente, ainda bem que vivemos na era da informação imediata, em tempo real e pudemos assistir ao vivo e a cores aquela “tchutchucada” protagonizada por imbecis a serviço (serviço?) da coletividade brasileira. Isso porque, se apenas nos contassem, seria difícil acreditar. Mas nós vimos com nossos olhos que a terra há de comer, muito embora já paire alguma dúvida de que a terra ainda queira mesmo comer olhos que assistiram àquelas cenas. É impressionante como a classe política brasileira se esvai a cada dia. É tanta mediocridade, é tanta incompetência, e tanta irresponsabilidade que beira as raias do ridículo e da incredulidade.
Paulo Guedes sentou-se à mesa diretora da CCJ da Câmara diante de um pelotão de frente composto pelo que há de mais incompetente, inexpressivo e desacreditado na política brasileira. Uma espécie de escória parlamentar, representada pelo pior do PT, PSOL, PCdoB e outros simpatizantes da esquerdalha desvairada, que agoniza e, em estado terminal, respira por aparelhos. Não tem morte cerebral ainda firmada mas a morte de idéias, de pensamento produtivo, de raciocínio lógico, de inteligência emocional foi definitiva e irreversivelmente diagnosticada naquela tarde de contornos Felinianos.
Fiquei impressionado com o ministro Paulo Guedes. Não apenas pela competência inquestionável e irretorquível preparo para desempenhar a função que nos livrará do abismo inexorável, mas pela paciência que fez inveja a Jó. Como Jó, Guedes também foi tentado por aqueles malignos que madrugaram no Congresso para se sentarem na primeira fila daquela sala. Tentaram de todas as maneiras minar a paciência do “nosso” Jó com perguntas tão cretinas, tão despreparadas e tão burras (que me perdoem os burros) que, nos momentos de silêncio do ministro, em função dos questionamentos, ninguém me tira da cabeça que ele se dirigia a Deus e pedia com piedade cristã: “Perdoai-vos, Senhor! Eles não sabem o que falam!”
E aí, no apagar das luzes daquele embate circense, ninguém, em sã consciência, poderia imaginar que, após sete horas de um entrave entre “irresponsabilidade burra e luminar inteligência” houve um derradeiro capítulo protagonizado por Zeca Dirceu. Esse cara é filho do condenadissimo guerrilheiro Zé Dirceu, portanto portador de um DNA que dispensa comentários. Ao comparar o exuberante ministro em, ora Tigrão ora Tchutchuca, ele não só desrespeitou um ser humano que, horas antes, triturou aquela corja com inteligência e preparo incomuns, mas também e com a mesma virulência, desrespeitou o decoro parlamentar e toda uma nação que assistia esperançosa as propostas para a Nova Previdência que garantirá sobrevida à pátria.
E aí, gente, o povo, que não é mais bobo, caiu de pau naquela figura abjeta que, pasmem, legisla para a nação. A sua descompostura e total falta de educação o expôs impiedosamente à opinião pública em fotos e atitudes totalmente comprometedoras que mancham ainda mais a sua biografia, se nela ainda houver espaço para manchas.
“Se você me chamar de Tchutchuca mais uma vez, eu peço o divórcio”, disse a esposa pro marido depois da cena surreal. O marido é um primo querido e sua Tchutchuca, não menos querida, aceitava, com amor, a carinhosa referência, extraída do Funk homônimo, estrondoso sucesso dos idos de 2001, protagonizado pelo grupo Bonde do Tigrão. Até que Zeca Dirceu conseguiu, como o desatino peculiar dos boçais, acabar também com todo encantamento e todo enlevo presentes na mais longeva instituição da humanidade, o casamento.
Vocês pensam que vai ser fácil? Vocês pensam que vai ter trégua? Vocês pensam que vai haver moleza? Esqueçam! Lutamos contra inimigos da pátria, contra arautos do mal, contra apreciadores do apocalipse. Lutamos contra aproveitadores, corruptos, oportunistas, acostumados com a falcatrua e com o toma-lá-dá-cá. Lutamos, também e igualmente, contra grande parte de uma mídia venal e tendenciosa. Venceremos? Claro! Não há quem possa com a eficiência, competência e determinação. Mas, sobretudo, não há quem possa com a força hercúlea de um povo comprometido com as suas expectativas.
*Carlos Eduardo Leão é médico e cronista