PESCARIAS NO PANTANAL – O LUXO DOS ANZÓIS

As nababescas pescarias gourmet ficam entre o anzol, vinhos premiados e pernilongos premium.

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Quase não reconheci Alyrio. Não pelos quilinhos a mais, isso é o de menos, mas pelo inchaço generalizado, digno de figurar em compêndios médicos como anasarca em estágio avançado, provavelmente causada por uma colisão entre o sol escaldante e um exército de pernilongos pantaneiros com sede de vingança.

Os braços estavam tão vermelhos que qualquer clínico desconfiaria de sarampo, rubéola ou até de uma reação alérgica a casamento.

Já os pés, tão inchados e rubros, fariam qualquer intensivista rabiscar “erisipela fulminante com falência renal iminente” sem pestanejar, ao menos até ver o sorriso aberto e pleno de quem voltou de uma semana pescando como se tivesse descoberto o paraíso.

E de fato, ele havia voltado de uma epopeia de sete dias no coração selvagem do Pantanal. A travessia começou em Goiânia, num monomotor cuja fuselagem datava da mesma época que Santos Dumont usava bigode de cera.

O avião era tão pequeno que oito pescadores precisaram revezar as respirações, porque não havia espaço para inflar um par de pulmões sequer. Pousaram vivos, o que já é uma conquista. A ONU devia considerar isso Patrimônio da Coragem Humana.

Depois, embarcaram num ônibus jardineira movido a teimosia e óleo de fritura reciclado. Duas horas de estrada até o rio Paraguai ou como eu prefiro chamar, “o berçário das muriçocas mutantes”.

A embarcação? Um Titanic dos alagados. Suíte refrigerada, chef francês, cardápio digno de reality show gourmet, desfile de “puríssimos” cubanos e uma adega com dois mil rótulos, provavelmente metade consumida no primeiro dia.

Confesso: achei que Alyrio ia dormir numa rede entre dois galhos, caçando o jantar com faca nos dentes. Mas não. Hotel cinco estrelas flutuante. Um resort para pescadores abonados e, pra mim, masoquistas.

Cá entre nós: eu jamais sobreviveria. Onde já se viu um lugar onde o som mais alto é o suspiro sensual de uma muriçoca dentro do seu canal auditivo? Sem Wi-Fi, sem shopping, sem buzina, sem delivery, sem TikTok! Isso não é paz, isso é castigo. Algo desesperador!

E o peixe? Ah, o peixe é detalhe. Ninguém pesca nada. O peixe é só desculpa pra cerveja, conversa fiada e hematomas causados por insetos com dente.

Admiro quem gosta, de verdade. Porque precisa de coragem pra chamar isso de “lazer” e não de “inferno personalizado”.

Já eu, na minha juventude capixaba no Principado de Vitória, pescava com classe. Arremessava da praia, das pedras, tomando uma água de coco gelada, com vista para carros engarrafados, gente bonita nas areias e, ao fundo, o som tranquilizante de um avião pousando em segurança. Isso sim é equilíbrio: um pé no mato e outro no asfalto.

No fundo, somos parecidos, Alyrio e eu. Ele busca o silêncio da floresta. Eu, o barulho da civilização. Mas ambos encontramos nossa paz: ele entre pernilongos e eu entre buzinas.

E o importante, meu caro cunhado inchado, é ser feliz, mesmo que isso envolva se parecer com um tomate alérgico e orgulhoso da pescaria que talvez tenha rendido um lambari.

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  1. Cadu vc é um lorde de nascença !
    Esses programas não rimam com vc, uai!
    Estou aqui às gargalhadas! 😂😂😂😂😂😂
    Te amo
    Guima

  2. Meu amigo Cadu ! Sou um dos que gostam desse tipo de pescaria. Mas claro , com dias certos para começar e acabar .
    Preciso viver escutando o barulho de cidade grande .

    Marcos Menegazzo

  3. Excelente! E ai me lembrei das pescarias “raiz”com meus pais e irmaos, nas margens do Rio Paracatu, la por aquelas bandas,num barquinho de motor de polpa, Dormindo na porta malas da C14 com banco tradsriro reclinado ?mas cozinhando o proprio pescado,Disso ate gostava Cadu.Mss os pernilongos…Atualmentecl eu te acompanho no asfalto!Abc
    Julio Pinheiro

  4. Muito bom meu amigo e vc conseguiu descrever com uma precisão incrível esse que é o atual “perrengue de rico”
    👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👍🏼
    Jorge Abel

  5. Buenas meu Caro amigo. Em minha última pescaria pelo Pantanal (Rio Paraguai), pouco antes da Pandemia, compus uma canção, às 05h00 da manhã, á bordo da Canoa. A canção se chama TUVIRA (peixinho que parede um charuto preto, usado como isca viva).

    TUVIRA

    Eu fico à toa, na canoa, que beleza.
    Na correnteza quase mansa do meu rio.
    Jogo a tuvira com a esperança e a incerteza
    De quem procura por aquilo que não viu.

    VAI TUVIRA, VAI
    TRAZ UM DOURADO SAS AGUAS DO PARAGUAI.

    A madrugada me encontra rompendo águas
    Fisgado peixes muito antes do arrebol
    Eu me imagino cabresteando as minhas mágoas
    Quando o dourado pula e briga com o anzol.

    VAI TUVIRA, VAI
    TRAZ UM DOURADO DAS AGUAS DO PARAGUAI

    Do Paraguai as turvas águas são profundas
    Mas a tuvira, presa e firme em meu anzol
    Da escuridão das profundezas perigosas
    Puxa um dourado para se banhar ao sol.

    Raul Canal

  6. Meu marido acabou de fazer essa pescaria! Rsrs. As fotos que tiraram são maravilhosas. Mas ele não é pescador não! Foi convencido pelos amigos! Foi pela conversa e cerveja mesmo! Rsrs
    Tatiana Tornieux

  7. Lí sua crônica, Cadú, na certeza de que, desde o primeiro parágrafo, era você quem escrevia. Fiquei lembrando de uma crônica sua, bem antiga, onde você “esculachava” os cachorros, as madames com seus totós, e adjacências. Mas, o tempo é implacável e, sem dúvida, o melhor remédio. Hoje lhe vejo, todo pimpão, com seus totozinhos no colo, afagando-os e redigindo novas laudas com vieses bem distintos, tecendo loas a esses “filhotes” querido, ontem detestados… Ah!… Como o tempo é cruel! Nos faz virar folhas e mais folhas… Nunca fui fã de pescarias, preferindo os piexes já no prato. Mas, enveredar pelas florestas, rios e montanhas, viver a natureza, é maravilhoso para quem gosta e quer sentir a presença do Criador em toda a sua generosidade… Já fiz até curso de sobrevivência na selva, do qual tenho gratas lembranças. Mas, como se diz, gosto é gosto. E uma das coisas mais belas dos humanos, é a sua capacidade e possibilidade de trocar de lado, quando isso lhe convém ou parece bom. Exceto, é claro e ressalto: passar a admirar o Lula e sua quadrilha, ISSO JAMAIS!!!. Abraço fraterno, Evaldo

  8. Com tanto dinheiro investido e tecnologia à altura do século 21, já deveriam ter inventado (ou pesquisado no ChatGPT) algo para “blindar” o famigerado barco de pesca desde assasinos voadores e fazedores de zumbido. Aí sim, a aventura seria bem mais aprazível. Pelo menos exigiria um nível mais básico na conquista da carteirinha da FUNAI.
    Vale pelas companhias e conversas jogadas fora.
    Alex Meira

  9. Kkkkk
    Tenho amigos que estão nesta lista de aventura.
    Estou na trupe da buzina e do Shopping.
    Nada mais a declarar.
    Rey Figueiredo

  10. Meu caro amigo, Leão.
    Rindo até agora. Há uns anos atrás embarquei para uma aventura dessas: foram longos e entediantes 7 dias de pescaria. A suíte do “navio”, que viajava a noite para mudar de “pesqueiro”, tinha cama onde meus pés ficavam flutuando. O banheiro cabia uma pessoa apertada. Certo dia, já no navio de volta da pescaria nos deparamos com um barquinho com dois pescadores envoltos em cortina de tule para se protegerem das muriçocas quando pensei: o que estou fazendo aqui? Teve até peixe mas essa aventura “não me pega mais!!!”. 🤣🤣🤣
    Bira

  11. Bom dia , impressionante ! Encontrei com com um grupo destes , em Corumbá , há uns 30 anos ! Existia um estúdio de gravação no hotel ! Para filmar com apuro as cenas épicas da pescaria ! No rio mesmo , tomar picada de mosquito , ninguém ia !!!
    Parabéns! Belo texto !
    Lincoln Ferreira

  12. O amigo esqueceu de nossas “peladas” de futebol de areia na Praia da Costa antes dela ter virado Beverly Hills . Saudades do amigo ! Alexandre Ruschi .

  13. Caramba meu amigo !!
    Demais 👏👏👏👏
    Já fui duas vz e é isso mesmo kkkkkkkk
    Não vou mais nem me pagando !
    Abcs amigo

  14. Parabéns pela crônica Leão.
    Isso que você narrou tão bem, pra mim é mais do que “Programa de indio”.
    Coisa de doido. Mas, felizmente, tem doido pra tudo neste mundo e, eles têem que ser respeitados. “A doido não se pede explicação”. E olha que eu já estive, algumas vezes, no Amazonas, fazendo trabalho voluntário pra população ribeirinha, (Rio Purus), de Manaus à “Boca dio Acre”. É linda a região e o trabalho é gratificante mas, é, também, o paraíso da entomologia.
    Nas poucas horas de folga , dá até pra pescar, com muita fartura;
    mas este não é o meu ramo.
    Tem gosto pra tudo.
    Abraços. Manoel Rocha. De Vitória

  15. Bom dia, caro amigo e Confrade Cadu. Jamais gostei de pescaria. Acho entediante. Respeito quem aprecie. Abraços.
    Hélio Arêas

  16. …deeeeuzulivre uma coisas destas me arrastar!!
    Tonico e Leandro, tentaram me convencer a aceitar o magnífico convite, há 3 anos!
    …na explicação do 1º trecho da expedição, inventei uma gentil desculpa (que eu teria uma gripe muito forte na data; ou minha avó – já falecida – ia morrer. Não lembro!).
    Foram! Quando enviaram as fotos do percurso (verdadeiro enduro!), Leandro tinha só a parte superior livre de barro. O resto era quase uma ânfora de barro, moldada ao empurrar uma camionete atolada.

    Uma sensação de alívio e felicidade, pela “gripe” que me impediu de ir!

    E Tonico segue todo pimpão repetindo o feito 2-3x/ano! Acabou de chegar de um destes sublimes descansos!

    …tô fora!!!!

  17. Bom dia Cadu e leitores,
    Hoje pescar , principalmente no Pantanal não tem a mesma graça. Me lembro quando meu pai foi , eu era menino. Trouxe muito dourado. Hoje tem que devolver a maior parte para o Rio. Não que ache errado. Tem que preservar. Mas o homem destruiu. Não o pescador, mas aqueles que vivem da pesca predatória com redes e grandes barcos.
    Mas em um mundo mudado onde homens estão virando mulheres e vice-versa, o maior peixe do Amazonas agora é o maior peixe do São Francisco. Pirarucus enormes tem sido encontrados no São Francisco. Mas tilápias e tucunarés viraram pragas em muitos rios assim como o bagre africano… Isso me lembra a Europa,tomada por muçulmanos. Não tenho nada contra, mesmo porque caiu na rede ou melhor no anzol é peixe.

    Bom domingo!!!
    Osiris Martuscelli

  18. Confesso que comecei a ler descrente do que as palavras diziam. Impossível este Leão habitar, por uma semana que seja, a natureza quase virgem do pantanal. Mas no meio da leitura veio o esclarecimento. Cada um na sua meu amigo. O importante, como disse, é ser feliz.

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