Sai Mandetta, entra Nelson. Vitória da ciência responsável sobre a política oportunista.
Eita Brasilzão véio de guerra! Vai gostar de criar “heróis” assim na p…….iu! E agora então, nunca foi tão fácil criá-los. Basta contrapor-se ao Presidente e o apogeu da glória se avizinha altaneira com a ajuda, claro, dos que transitam na podridão que exala das redações da extrema mídia aliados de primeira hora dos ídolos da esquerda agônica e das tetas secas.
Mandetta cai como uma luva nessa introdução que faço em sua homenagem. Por mais que me esforce, não consigo vislumbrar algo que explique essa vertiginosa idolatria que os malévolos dispensam ao ortopedista que, após engessar no máximo três pernas, dois braços e talvez operar um cisto sinovial de punho, enveredou-se pra política, uma vez insatisfeito com a sua performance na arte hipocrática. Há controvérsias nessa opinião. Tem quem defenda ser ele um sério candidato ao Nobel da Medicina 2020, por ter, em menos de 90 dias, conseguido engessar o Brasil inteiro.
O cara é realmente um artista. Enxergou que se opondo às ideias mais amplas do Presidente atrairia pra si os holofotes e se tornaria logo,logo o queridinho dos inconformados. A princípio, era velado. Declamava poemas, invocava ensinamentos de santos católicos, não se cansava do bordão “ciência, ciência, ciêeeeeeeecia”, sempre numa retórica envolvente, doce e simpática, própria dos ilusionistas da fé pública. Sobreveio o deslumbramento. Foi pro Fantástico e, se achando, insubordinou-se. Ninguém engana a todos o tempo todo, filhinho!
Obedeceu cegamente a OMS, um tipo de PT internacional, sem nenhum tipo de critério científico quanto à reclusão e outras medidas. Não levou em conta princípios básicos da Epidemiologia, ignorou a situação geográfica do Brasil, do seu clima e de sua extensão continental, jamais se importou com o nível sócio-econômico da população e tacou uma reclusão horizontal sem nenhuma comprovação científica que lhe assegurasse o ato. Além do pouco caso com tratamentos experimentais promissores, demonizou a hidroxicloroquina, uma droga largamente utilizada no país desde 1955, pelo simples fato do Presidente acreditar que ela poderia ajudar como, na realidade, ajudou ao Uip, Kalil e Angelita, luminares paulistas da medicina brasileira.
Sempre teve uma visão limitada do problema com uma ortodoxia inaceitável numa hora emergencial que permite à ciência médica utilizar-se das observações clínicas antes mesmo da sua total comprovação científica que, diga-se de passagem, é a base da medicina hipocrática. Fingiu que dialogou com outras ciências multi e interdisciplinares como Economia, Infraestrutura, Tecnologia, Defesa, Segurança Pública fundamentais nessa interação pela vida, e não ouviu os anseios do Presidente da República em sua correta visão macro do problema de, acima de tudo, salvar vidas mas sem esquecer de salvar, também e nessa ordem, a economia, o emprego e a dignidade de se levar um prato de comida a quem dele precisa para se manter em pé.
Incoerente, afirmava orgulhoso que no seu Ministério, onde trabalham centenas de servidores, não havia até hoje nenhum caso do vírus chinês. Por que, então, não ensinou a tantas outras empresas, fábricas, lojas e o comércio em geral este segredo do seu Ministério ao invés de condena-los ao confinamento? A sua declaração ao vivo e a cores da necessidade de se dialogar e construir pontes e laços com milícias e o tráfico em meio à situação foi um tapa na cara do brasileiro de bem, trancafiado, inerte e impotente diante de tão inacreditável irresponsabilidade.
Na sua festa de despedida no MS, num sarau entre inúmeros funcionários da pasta, Mandetta, cantou, beijou, abraçou e fotografou-se no melhor estilo da hipocrisia mundana do “faça o que eu digo mas não faça o que eu faço”. Guilherme Fiúza pergunta, em seu canal do YouTube, “Neste show mórbido de S. Exª, onde estão os mapas que comprovam cientificamente o efeito mitigador do confinamento geral sobre o número de internados, infectados ou mortos? Eles simplesmente não existem.” E a triste realidade da quarentena, em estágio incipiente da hipótese, já fechou 600 mil pequenas empresas além de uma triste projeção negativa em 4% do PIB. E a pergunta que não quer calar: É pra ficar em casa até morrer de fome ou um pouco mais que isso?
Nélson Teich chega. Sereno e comedido nas palavras, é mais técnico, mais qualificado, respeitado oncologista clínico, bem sucedido consultor em gestão de saúde com mestrado e doutorado na Universidade de York, na Inglaterra. Chegou logo dizendo que saúde e economia não podem competir entre si, e que a recessão impacta a qualidade e a expectativa de vida. E arrematou: empobrecer mata. Disse a que veio o nosso Mick Jagger da Saúde.
